quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Invéxis na prática 1

A vida inversiva do precursor da Projeciologia parte 1
O professor Waldo Vieira, nesta entrevista exclusiva ao Jornal da Invéxis, enfoca sua trajetória de inversão existencial lúcida.

JI: O que te levou a elaborar a Teoria da Invéxis?
Waldo: A Teoria da Invéxis foi criada a partir da observação intensa da vida humana, pois percebíamos que os aposentados é que se dedicavam ao processo evolutivo, sendo que havia muitos jovens que se enredavam dentro de uma trama social: sempre a mesma coisa, sempre a mesma repetição, é aquilo que hoje nós chamamos no IIPC da automimese dispensável. Não era o caso de começarmos a nos dedicar àquilo que precisamos, desde jovem? Eu trabalhava muito, lia muito, tinha acesso a todas as bibliotecas e vivia praticamente sem família. Então, isso favoreceu para que eu começasse a fazer a Invéxis por mim, sem nenhuma conotação externa nem influência de nada. Depois de alguns anos, eu cheguei à conclusão que não era tão difícil assim. Precisava ter personalidade, disposição, motivação para as coisas. Com isso tudo eu recebi muita assistência de amparadores, inclusive mensagens extrafísicas que eu mesmo recebia através dos processo de projeção consciente. Naquela ocasião eu tentei divulgar a idéia, mas não encontrei recepção boa, o acolhimento das idéias da Invéxis era difícil. Isso foi mais ou menos de 1950 para 1960. Então, quando chegou no fim da década de 50, eu desisti de tocar no assunto e segui com minha vida, evitando percalços, casamento, aborto ou comprometimentos sérios, recusando até oportunidades de melhorar financeiramente. E junto com isso também, eu já pensava no que chamamos hoje de tenepes. Isso me deu muita força no processo de energia e parapsiquismo.

JI: O grinvéx já estava planejado no seu curso intermissivo?
Waldo: Estava. Nós já tínhamos visto isso porque muita gente já havia tentado. Só que eles levavam dentro de um clima místico, alterado, doentio, não valia a pena, faltava lógica e racionalidade. As pessoas não tinham consistência na sua vivência extrafísica. Ela não sabiam com certeza as idéias, ficaram dentro de uma base filosófica. A vivência da projeção é outra coisa, não é filosofia.

JI: A pressão da sociedade causa efeito na vida do inversor?
Waldo: A pressão não. Principalmente a família, que é a célula da sociedade. Onde eu morava, e trabalhava, a sociedade era antiquada, cheia de ranço e bolor. Até hoje, há muito racismo. O processo da sociedade está muito baseada na hipocrisia, na fachada.

JI: Dentro da história, foram localizados outros inverores?
Waldo: Eu, com o tempo, fui estudar isso, deduzi que devia existir gente que pensava igual a mim e cheguei a conclusão que havia. Mas difícil foi transmitir isso para os outros, porque vinham com muita sede ao pote (quem nunca comeu melado se lambuza) corpo novo, novo holochacra, nova vida.

JI: Que trafor te ajudou mais na invéxis?
Waldo: Meus amigos todos na minha juventude achavam que eu era um cara decidido. Quando eu quero uma coisa, eu sou um “javali”. Esse é um traço básico. Isso já vem comigo há muito tempo, muitos corpos meus se acabaram por isso. Há colegas meus que lembram de projeção e retrocognição há cerca de 700 anos. Eles sabem que, naquela ocasião, eu tinha muitas idéias avançadas e que eles não conseguiam seguir. Hoje eles conseguem. Eles sabem que eu sou assim, que a gente está neste nível. Para se chegar nisso, eu tenho que ter um gabarito, uma ficha, senão não teria vindo. Por que eu? Tudo tem um escopo, tem que ter um background, dentro do processo da sobrevivência. Se você já viveu, se você já se sacrificou, se molhou, já mostrou trabalho, você tem uma ficha a seu favor. Dentre aqueles candidatos que apareceram, a minha ficha passou, Isso aqui é um trabalho sério, eles colocaram várias pessoas porque havia trabalho.

JI: Você era a pessoa que deveria fazer esse trabalho?
Waldo: Não era. E muita coisa que eu faço era outra pessoa que deveria estar aqui fazendo, como também tem uma porção de gente que tinha que estar comigo e não está. O processo da inversão, parece que era comigo mesmo porque quem estudou mais sobre isso fui eu. Mas chegou num ponto que eu desisti, eles falaram: “não pense nisso agora”. E quando chegou o Instituto, eu vi que tinha clima, aí nossos amparadores disseram: “Olha, pode entrar!”. Foi o meu amigo, o Enumerador, que disse: “Pode entrar porque agora o terreno já está predisposto”. Nova geração, passaram-se duas gerações, podia ser que viesse outra pessoa para trazer isso porque, por mim eu já teria desistido. Outra coisa, eu ainda tenho idéias bem avançadas para colocar que eu não posso falar. Tem coisa que eu acho que não vai ser nessa vida. Pode ser que outros, no intervalo entre uma vida e outra, venham trazer isso. Lembre-se disso: eu sou uma minipeça, pequenininho, mas que resolve. Eu já mostrei tenho a ficha a meu favor. Agora vejam, vocês têm um passado também, nenhum de vocês esta aqui à toa.

JI: A respeito do seu conhecimento sobre projeção consciente: até que ponto foi decisório para você?
Waldo: Foi decisório do ponto de vista das teorias e hipóteses de investigação e pesquisa. Entre as coisas avançadas, está a Teoria dos Serenões. E teve gente exagerada que me falou: “nessa sua vida, nesse seu corpo, se você só tivesse pensando na Teoria dos Serenões, já teria valido”. O Homo Sapiens Serenissimus, a Invéxis, a tenepes são coisas absurdamente avançadas. Esse é o motivo pelo qual pessoalmente demorei para falar disso. Por exemplo, a Invéxis, por algum tempo, eu deixei; a tenepes, publiquei e deixei. Tudo é um problema de maturidade de uma determinada camada, uma “microminoria” que está preparada para aquilo. Agora chegou a hora, chegou a vez.

JI: Nós sabemos que a megameta do inversor é a desperticidade. Você acha que a maioria dos inversores de hoje vão chegar a ser despertos?
Waldo: Todos vocês, eu julgo, têm gabarito, mas precisam de muita disciplina, organização, motivação, persistência. É necessário, dentro dessa disciplina, reformular praticamente a vida toda da pessoa, se dedicar a vida inteira. Vai chegar um ponto em que ela vai ter que fazer a tenepes. A tenepes é um compromisso para o resto da vida, é um sacrifício violento, é necessário ter coragem. Mas eu acho que todos que estão no grinvex hoje são pessoas gabaritadas, vocês são muito diferentes de minha geração e da outra geração que a sucedeu.

JI: Como foi o seu trajeto da Invéxis até a desperticidade?
Waldo: O processo da desperticidade não foi bem a Invéxis, envolveu a mobilização de energias. A questão de mexer com energia, do animismo, da sinalética energética-anímica-parapsíquica e o processo da projeção consciente. É um desdobramento natural de uma coisa que puxa a outra, é o crescimento natural da idéia. Desperticidade era uma posição que todo mundo falava mas ninguém tinha idéia do que era, dentro do próprio movimento que participávamos. Como chegar num ponto em que a pessoa não tenha nenhuma interferência de outros? A coisa foi ficando cada vez mais clara, até que cheguei num ponto e falei: “ Eu acho que já posso me considerar uma pessoa capaz de fazer isso sem influência nenhuma”. Não podia falar para os outros senão iam achar que era arrogância. Com o passar do tempo, eu tive confiança absoluta, passei a falar de assediador e de assédio francamente, publicamente, porque isso daí é tabu, muita gente não falava de nada disso e se falava era mal vista. Esse tabu, nós quebramos, depois de trinta anos falando essas coisas. Houve entrevista igual a essa que eu dei para um monte de pessoas mas nunca publicaram, para televisão, jornais e revistas. É uma coisa muito avançada, e eu ponderava, falava suavemente, explicava certas coisas em um nível muito acessível. Então, é preciso notar o nível dessas novas gerações. Tem muito mais gente por aí. É que essas pessoas ainda não foram acessadas, é preciso dar um jeito de canalizar o acesso deste jornal até elas, e eu acho que é preciso explicar cada vez mais detalhes do que é a Invéxis no Jornal da Invéxis.

JI: Você falou sobre a tenepes, qual o benefício da inversão para se chegar à tenepes?
Waldo: A invéxis é muito boa porque organiza a pessoa antes da hora, a vida fica mais organizada, melhor, ela pode chegar à tenepes mais depressa. E a tenepes sem organização não é possível de se fazer. E você sabe, a invéxis, se não tiver uma boa disciplina, ninguém consegue fazer, depois de um certo tempo fica difícil. Então, uma coisa ajuda a outra.

JI: Na sua opinião, qual é a principal característica do holopensene da Invéxis?
Waldo: A principal característica é a renovação consciencial. A invéxis é bem mais que participar de um grinvex. Na questão da Tenepes, a coisa mais séria, é a assistencialidade e, na Invéxis, é a renovação.

JI:O que há de novo no curso intermissivo dos inversores?
Waldo: Eu não sei, mas esses cursos estão aumentando, tem mais gente que está vindo. Eu não sei tudo, por isso estou correndo atrás de gente moça para eu saber o que se passa. O que eu sei é que estou atrasado, estou defasado em relação aos jovens quando chegam aqui: a defasagem, para eles, é de 20 anos, para mim é de 60. É uma diferença muito grande, são duas ou três gerações.

JI: As novas gerações de inversores estão agora formando grupos para fixar o holopensene da Invéxis. Já nas próximas gerações, qual será a prioridade?
Waldo: A coisa mais séria agora é lançar as premissas básicas que funcionem bem na Invéxis: quais são os princípios que já deram certo nesse holopensene batizado e estudado por nós?
Vocês já podem começar a estudar isso seriamente, para o inversor que quer vivenciar. Peguem, por exemplo, vinte que deram certo dentro daquela área, vamos ver por que, vamos ver quais inversores que já deram certo. O que deu certo com você? Por que você chegou realmente à inversão? O que motiva você? Qual a “gasolina azul” que melhora sua estrutura consciencial para você pegar essa bandeira da Invéxis?
Vocês têm que começar a estudar isso. Mas, veja bem, a renovação conclui tudo. O inversor não pode ser neófobo, jamais. Não existem jovens mais neofílicos do que vocês, que gostam de coisas novas, que amam a coisa avançada, de vanguarda. Olhem esses jovens, por exemplo, que entram nessas ideologias de mudar o processo intrafísico, isso tudo é pouco porque é intrafísico. Então, para nós, o problema da Invéxis é multidimensional, isso é outro gabarito, não se pode nem comparar com o que já existiu até hoje.

JI: O que existe de mais novo no front da Invéxis?
Waldo: A coisa mais séria é renovação. Observem. Existe muita coisa para ser passada e ser feita. Tudo está no “inicio do princípio do começo”, nos primeiros passos. Nós estamos aprendendo a caminhar, vocês estão aprendendo a engatinhar. O processo é esboçante.

JI: Dentro da sua inversão existencial, qual é a coisa mais gratificante dessa vivência?
Waldo: É a autoconfiança. Autoconfiança total. Depois de se passarem 10, 15, 20 anos, eu vi que consegui superar tudo, fugir de tudo quanto é tentação e envolvimento numa boa e que estava mantendo minhas energias com uma assistência extrafísica. Nunca precisei de um analista ou de uma sessão de desassédio. Isso me deu muita autoconfiança e não podia mostrar senão iriam achar que eu estava mais doido ainda.

Continua no próximo post...

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