domingo, 30 de dezembro de 2012

Autoconhecimento e mediação de conflitos


Leuzene Salgues
            Muitas pessoas apresentam dificuldades em lidar com situações de conflito e ficam sem saber como agir diante delas. Algumas permanecem inertes, outras se contaminam com o padrão de discórdia e tomam partido de alguém, e poucas agem no sentido de auxiliar na resolução do conflito instalado.
            Para que possamos lidar melhor com esse tipo de contexto é preciso refletir qual é a nossa postura diante dos nossos próprios conflitos, como, por exemplo, os relacionados à própria aparência, ao modo de se relacionar com as pessoas, às responsabilidades profissionais, à afetividade, ao dinheiro, à aquisição de conhecimentos, entre outros.
            Em auxílio à identificação e reeducação dos aspectos imaturos que geram os conflitos pessoais, a Conscienciologia propõe a autopesquisa como estratégia de autoconhecimento. Para tanto, a consciência interessada há de construir estratégias pessoais de autoinvestigação, acompanhamento e registro de todos os desconfortos que sentir, estejam eles relacionados a si, a outros ou aos contextos nos quais se manifestam.
            A análise dos registros pessoais irá contribuir para a elaboração do autodiagnóstico, ou seja, a identificação dos aspectos que geram conflito e o motivo pelo qual os desconfortos existem. A partir disso, é possível levantar as autoprescrições, estratégias de autoenfrentamento rumo à superação dos desconfortos identificados.
        Por exemplo, o conflito com a aparência geralmente está relacionado à baixa de autoestima, necessidade de aceitação social ou submissão aos padrões de beleza das modelos e artistas famosas e bem sucedidas. Para resolver o conflito, quando possível, busca-se a transformação da aparência ou investe-se na autoaceitação e na valorização pessoal a partir de atributos que não sejam apenas os estéticos.
            No caso do conflito com algo ou alguém, o foco não deve ser em querer fugir, evitar ou mudar o que causa o desconforto, mas a análise dos sentimentos e pensamentos que surgem diante da situação ou objeto indesejado. Por exemplo, quando não sabemos bem o motivo de não simpatizarmos com alguém, precisamos analisar o que sentimos e pensamos quando nos encontramos com essa pessoa. É preciso encontrar a solução em nós e na maneira de superar o antagonismo ao invés de querer que o outro mude, porque o desafio maior do conflito interpessoal é a aceitação das diferenças.
            Algumas questões que ajudam no autodiagnóstico: tem fundamento o que eu estou sentindo? Estou sendo preconceituoso(a)? Eu consigo enxergar, no mínimo, três valores nessa pessoa? O que de fato me desagrada nela? Há algo nela que eu gostaria de ter e não tenho? Há algo nela que eu tenho e não gosto de ter? O que posso fazer para não me sentir assim?
            Muitas vezes, a pessoa alvo de nosso desconforto nem sonha que é objeto de conflito de alguém, por isso, o processo de mudança precisa ser na maneira de enxergá-la, sem antagonismos. Aceitar as diferenças não significa concordar com o outro ou ter que mudar de opinião, mas reconhecer que o outro tem o direito de ser diferente de você.
            No caso da convivialidade, ao modo do ambiente familiar ou de trabalho, nos quais passamos muitas horas e há objetivos comuns entre as pessoas, é imprescindível recorrer à resolução dos conflitos pela negociação, que tem como ferramenta o diálogo franco e sincero, colocando os objetivos comuns acima dos interesses pessoais ou imposição da vontade ou do poder de um sobre o outro. No entanto, para que haja a superação do conflito, todos os envolvidos precisam querer a resolução do mesmo.
            Às vezes, a negociação fica comprometida ou torna-se inviável em função dos sentimentos de hostilidade entre as partes envolvidas no conflito. Nessas situações, e se as partes desejarem, é possível recorrer à mediação, ou seja, escolher alguém para mediar o conflito. O mediador precisa ser imparcial e ético para não se envolver emocionalmente com alguma das partes e ser tendencioso na mediação.
            O autoconhecimento auxilia na atuação dos mediadores e os ajuda a reconhecer, pela experiência pessoal, o esforço necessário à autorreflexão e ao abrir mão de algo em prol do bem comum. Desse modo, o mediador autopesquisador atua imparcialmente, oportunizando vez e voz a todos e contribuindo no aprofundamento das reflexões e na busca da melhor solução que os próprios dialogantes precisam encontrar.

Leuzene Salgues é pedagoga, também pesquisadora e voluntaria da Intercampi.

Fonte: Site da Intercampi, postado em 23/setembro de 2009.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Autopesquisa: Estratégia de superação da rejeição


Ana de Sena
            Nas relações que se consolidam no dia a dia, assim como na história humana, é possível ver a rejeição como algo que se repete frequentemente e que se expressa por sentimentos explícitos ou não; como por exemplo, raiva ou indiferença. Para ilustrar, temos a história do assassinato de Abel por seu irmão, Caim, o que demonstra a violência como conseqüência da rejeição.
            Isto sugere que ao experimentar a rejeição, seja na condição de rejeitador ou rejeitado, a consciência pode desenvolver sentimento de culpa e, com ele, alimentar sentimento de raiva. Consequentemente, a idéia de vingança do rejeitado pode surgir se não houver disposição da consciência em superar a própria raiva. Essa situação, onde a rejeição predomina e se retroalimenta, parece ser a principal fonte do ódio e ressentimentos que a humanidade cultiva ao longo da sua história.
            Quantas vezes nossas relações se deixam levar pela emoção, sem uma postura reflexiva sobre aquilo que possa ser o melhor para todos? Quantas vezes tomamos atitudes somente para nos livrar do incômodo que a situação traz? O quanto de rejeição existe na nossa vida, ações, relações e omissões vivenciadas no cotidiano? Por que parece tão difícil lidar com o que é diferente daquilo que se pensa ser certo?
            Tudo indica que há uma reação natural e inconsciente da consciência rejeitada, que para suportar a dor da rejeição procura, repetidas vezes, camuflar a raiva através das mais diversificadas formas de vingança. Talvez este seja o motivo que mais contribui para o ser humano não suportar a rejeição no contexto social.
            Assim, a energia da consciência vingativa pode se tornar patológica, na medida em que seus pensamentos, sentimentos e energias formam um círculo vicioso com o trinômio: rejeição-vingança-culpa. Desse modo, a intensidade da permanência de uma pessoa nesse círculo indica o quanto ela se mantém refém de si mesma, impedida de dinamizar a sua própria evolução.
            Nenhuma prática por si só conseguiu, até o momento, consolidar a convivialidade sadia entre os diferentes. Ao contrário, são as posturas excludentes que parece inviabilizar a condição de paz e de equilíbrio multidimensional. Talvez tudo isso se dê pelo fato de nossas atitudes ainda serem encaminhadas mais pela emoção egocêntrica, voltada apenas para os interesses pessoais, do que pela razão refletida, com foco no que for melhor para todos.
            Daí a importância de uma educação voltada para a inclusão ainda na fase infantil, pois a experiência mostra que muitas vezes, quando uma consciência se encontra diante da possibilidade de não ser amada, reage de modo irritado e agressivo, ainda na fase infantil. Se esse comportamento não for superado a criança pode se tornar um adulto vingativo, impedindo seu processo de pacificação íntima e de realização cosmoética.
            A Cosmoética orienta a consciência para pensar, sentir e agir considerando sempre o melhor para si e para os outros. Com o esforço evolutivo de autossuperação e a busca da autopesquisa (autobservação cuidadosa sobre seus pensamentos, sentimentos e atitudes), a consciência pode alcançar o autoconhecimento e despertar para a vivência cosmoética do auto e hetero acolhimento.
            Eis, leitor, o grande desafio de quem vivencia a rejeição: buscar a autocura a partir da autopesquisa. O autoconhecimento pode ampliar e qualificar a capacidade de conviver com as diferenças e desenvolver um potencial acolhedor para consigo e para com os outros. Essa escolha lúcida pode ser feita por cada pessoa que desejar evoluir diante da possibilidade de construção de uma cultura da paz.
           
Ana de Sena é assistente social, também é pesquisadora e voluntária da Intercampi.

Fonte: Site da Intercampi, postado em 16/setembro de 2009.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O Mentalsoma

Thiago Leite

            Na natureza, encontramos uma enorme variedade de seres vivos, com diversas funções fisiológicas e mecanismos adaptados às mais diversas necessidades de sobrevivência. Há animais que possuem um corpo apto a correr, como a zebra, e outros a matar, como o tubarão branco. Há aqueles que desenvolveram, ao longo da evolução, instintos sociais e estabelecem entre seus espécimes e até com outras espécies um complexo relacionamento, como as abelhas e formigas.
            Alguns animais possuem a capacidade de pensar e ponderar sobre os problemas que encontram ao seu redor, e devem isso, em parte, ao cérebro desenvolvido. Entre todos os animais conhecidos na Terra, aquele que possui a maior complexidade do cérebro é o ser humano (Homo sapiens sapiens).
            O cérebro permite uma vasta gama de atividades mentais: perceber o ambiente ao redor de maneira complexa, relacionando vários sentidos diferentes: associar sentidos, percepções e ideias; lembrar de experiências passadas e criar novos conceitos e inventos, baseando-se no repertório já acumulado dessas experiências; elaborar meios de comunicação que permitem o intercâmbio de ideias entre várias consciências, como, por exemplo, um texto escrito, que pode ser decodificado por alguém que conheça aquele idioma; e muitas outras.
            Porém, a consciência é uma realidade muito mais complexa do que aquilo que permitem as funções de um cérebro. A experiência pessoal e a autoinvestigação podem nos mostrar que as funções mentais extrapolam o espaço compreendido pelo encéfalo.
Um exemplo de uma autopercepção que transcende as sensações físicas é a experiência-fora-do-corpo, projeção astral ou projeção da consciência. Nessa experiência, temos a nítida impressão de que nossos processos mentais acontecem fora do cérebro. Além disso, nesse estado nossas sensações ficam até mais aguçadas e nossos processos mentais extrapolam a capacidade e velocidade comuns à vigília física ordinária.
            O conceito psicanalítico de inconsciente serviu para explicar como nossa mente pode ser poderosa durante os sonhos ou em estados hipnóticos. Porém, nestes estados, não mantemos a lucidez nem o discernimento. Portanto, a projeção da consciência precisa ser abordada de uma outra maneira, já que é um processo no qual mantemos total controle consciente de nossa mente e de nossas ações.
            Outra falha da teoria do inconsciente para explicar a projeção da consciência é que muitos relatos dessas projeções mostram que a pessoa pode perceber coisas muito além do alcance dos sentidos do corpo. Nas experiências de quase morte (EQMs), por exemplo, em que um paciente em mesa de cirurgia passa por um estado de morte cerebral e retorna à vida depois, muitos pacientes relatam ter presenciado, fora do corpo, algum acontecimento que não poderiam ter visto ou ouvido durante o momento em que seu corpo não poderia registrar nenhuma percepção, pois estava morto.
            Essas experiências nos levam a especular sobre a existência de um mecanismo não-físico, que permita regular os processos mentais da consciência independentemente do cérebro físico.
            Segundo o Paradigma Consciencial, base teórica e prática da Conscienciologia, possuímos, além do corpo físico (soma), um corpo energético (energossoma), um corpo emocional (psicossoma) e um corpo mental (mentalsoma, paracérebro, paracorpo do discernimento). Este seria responsável pela regulação dos processos mentais não-cerebrais, não-físicos. Ele executa as mesmas funções do cérebro físico num nível mais avançado, quando estamos projetados fora do corpo humano. O mentalsoma também acumula experiências, memórias e aprendizados advindos de outras vidas, o que permite que ele seja muito mais complexo do que o cérebro físico.
            Sendo mais sutil, mais sofisticado e mais antigo do que o cérebro da atual vida intrafísica, o paracérebro preside o cérebro físico. Todas as atividades intelectuais, reflexivas, de aprendizado e de compreensão são gerenciadas pelo mentalsoma. Atividades como pesquisa, estudo e reflexão ajudam a trazer as capacidades infinitas do mentalsoma para a vida intrafísica. E atitudes mais despojadas e desapegadas em relação à dimensão material nos permite entrar em maior contato com a dimensão mental, onde o mentalsoma se manifesta.
            O cérebro humano ainda possui instintos e pulsões animais que precisam ser reprimidos para a convivência harmoniosa da humanidade e para a evolução das consciências a um nível mais universalista e megafraterno. O mentalsoma prescinde desses aspectos subumanos. É interessante desenvolver o discernimento e atitudes mais cosmoéticas, o que possibilita estreitar a conexão do cérebro com o mentalsoma e permite que o paracorpo do discernimento atue na evolução dos seres humanos e da humanidade para uma era mais pautada na interassistência do que na manutenção de desigualdades, guerras e doenças.

Fonte: Site Intercampi postado em 09/Setembro de 2009.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Ser coerente

Vitor Fortes

Após o período mais crítico da maturação humana, quando as células aumentam constantemente em volume e em quantidade, propiciando o desenvolvimento dos tecidos, dos órgãos e, consequentemente, do corpo, a humanidade se depara com a mais difícil empreitada a enfrentar: o projeto imaterial do desenvolvimento interno pessoal. Frequentemente, existem tentativas frustradas de fugir de si mesmo, como por exemplo, o apego a uma vida estritamente material. Mas a nossa essência, paradoxalmente, é de procedência imaterial.
Ao renascer, passamos por um período de restringimento. Informações e dados passados são esquecidos e cabe a nós o trabalho de recuperação. O campo de atuação lúcida e consciente é reduzido por nossas próprias imaturidades e ampliado a partir de esforços prósperos. De forma geral, as diferentes etapas que o ser humano cresce e desenvolve-se envolvem abundante carga de informações. O intelecto hígido, aberto e predisposto interage com essas informações e cria mais sinapses cerebrais. Assim, há mais formas de entender a realidade, propiciando, muitas vezes, a partir da autocrítica, a ascensão aos paradigmas pessoais e sociais nocivos.
A ampla compreensão da condição humana exige conhecimento, e este, por sua vez,envolve uma busca incessante. Além disso, exige-se também vivência prática. Mas não há motivos para desanimar, a sabedoria liberta. O hábito de pesquisa e leitura auxilia no conhecimento de novas ideias, expressões, palavras, sendo capaz de corrigir conceitos pré-determinados. Assim, através da leitura exercitamos a mente, o raciocínio, a reflexão, passando a ponderar sobre os atos internos e externos a nós. A atenção, antes voltada a criticar outras pessoas, passa a considerar os próprios atos. Progressivamente, alcançamos vislumbres perceptivos mais abrangentes, permitindo maior compreensão do que somos e das manifestações alheias.  Consequentemente, nossos traços fardos (pesados) são observados e passamos a exigir de nós mudanças positivas.
Ao ver nossas falhas, nos tornamos aptos a superá-las. A falta de cuidado consigo mesmo ao negligenciar as próprias mudanças torna a vida melancólica e incoerente. Ser coerente é uma busca evolutiva, errante e sem fim. Faz de nós catalisadores do desenvolvimento pessoal. Basta apenas vontade para alcançar o autoconhecimento e o significado da própria essência. O ser coerente transcende autoridade moral, facilitando ainda mais a assistência ao próximo. Mudar não é fácil, mas, como disse o pesquisador Waldo Vieira, “se você pensa que o autoconhecimento exige muito esforço, tente evoluir com a ignorância (Vieira, 2010)”. E aqui vale uma pergunta ao leitor:
Você é coerente consigo mesmo?

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Maxidissidência: Mudança de patamar evolutivo


Marco Miguel Pereira

Em certos momentos da vida, percebe-se que o acervo mental de informações, resultado de anos de aprendizados e experimentações, mostra-se questionável, seja relativo ao trabalho, as crenças pessoais, ou aos valores interiores. Surge então a pergunta: porquê ainda cumpro rituais ou papéis que já não me trazem o mesmo resultado ou a satisfação obtidos no passado? Para algumas pessoas torna-se claro o fato de que não mais se enquadram naquele antigo contexto, ou seja, já vislumbram novos horizontes, idéias, outras formas de se fazer, e conhecimentos que extrapolam aquele. Muitas perguntas ficam sem resposta, pois, ocorre então uma “revisão” mental do conjunto de crenças até então inquestionáveis. Nessa situação de saturação descarta-se o antigo para que o novo seja aceito. Isso requer atitude pró ativa de ir adiante, extrapolar, transcender, questionar o conhecimento padrão e tirar a venda que esconde a realidade.
Para a conscienciologia - ciência que estuda a consciência e suas formas de manifestação e interação através de uma abordagem integral – essa mudança de patamar em busca de respostas não encontradas nas atuais fontes de conhecimento, caracteriza um processo definido como maxidissidência, ou seja, mudança de nível evolutivo com a consequente identificação de novas hipóteses sobre o porquê das coisas, quebrando paradigmas e conceitos, em busca da resignificação do que até então tinha-se como verdade imutável. Os exemplos são inúmeros, como deixar movimentos doutrinários ou místicos arcaicos, rituais, cultos, iniciações, gurulatrias, adivinhações, simpatias, superstições, amuletos, lavagens cerebrais, etc, ou ainda, libertar-se do foco exclusivo no paradigma cientifico – materialista, para então buscar por si novas respostas e realidades, de forma autônoma num processo de auto pesquisa constante, reciclando a maneira de pensar, expandindo a visão sobre tudo, principalmente de quem somos e onde nos encontramos. A maxidissidência pode ocorrer também em momentos de crise existencial levando a reciclagens pessoais que se traduzem em reperspectivações de experiências e valores pessoais, trazendo novo significado a questões que aparentemente estavam resolvidas.
A maxidissidência é a busca por novos desafios para utilização plena de nosso potencial e por respostas às questões até então deixadas de lado, para que não confrontássemos a “verdade absoluta” tradicionalmente aceita. Se a busca pela verdade sofre limitação por algum tipo de lavagem cerebral, manipulação ou doutrinação, não sendo possível sequer questionar o pouco conhecimento que se tem, torna-se crucial rever a situação e buscar novos caminhos. 
Desconfiar da validade do conhecimento interno e externo já demonstra aumento do nível de lucidez e discernimento, trazendo à luz novas hipóteses e paradigmas. Indica que o trivial e comumente aceito torna-se obsoleto e os conceitos tem consequentemente de ser reavaliados. Dessa forma é possível aprofundar-se em si mesmo e identificar o que limita o próprio desenvolvimento, o que precisa ser feito para seguir em frente, como e onde encontrar respostas.

Marco Miguel Pereira é Bancário, além de pesquisador e voluntário do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC), instituição de educação e pesquisa, laica, sem fins lucrativos. Participe das palestras públicas gratuitas as quintas, das 19h30 as 21h30, e aos sábados, das 14h30 às 16h30, informando-se pelo telefone 3233.5736 ou pelo nosso site: www.iipc.org.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Era consciencial


William Nascimento
            Não vivemos mais a condição de nômades, saímos da era agrícola, superamos a era industrial, predomina a era da informação. Temos a oportunidade de debater assuntos que antes eram proibidos, reprimidos e discutidos somente em círculos fechados através de processos de iniciação. Os estudos e pesquisas em certas áreas eram motivos de implacáveis perseguições.
            Neste século surge a Era Consciencial, e a neo ciência Conscienciologia, para nos elucidar sobre quem somos, de onde viemos, por que estamos aqui e para onde vamos. Há milênios estas perguntas tem sido feitas e muitas respostas tem sido dadas por religiosos, filósofos e cientistas. Mas o que há de novidade em relação a tais questões?
            Se estudarmos a história da humanidade, concluímos que houve grande evolução, e cada um de nós tem contribuído para a melhoria da qualidade de vida neste planeta há milênios. Estudos sobre casos de reencarnação por renomados médicos¹, tem comprovado o fato de que somos resultado de uma série de existências. Pesquisas sobre EQM - experiência de quase morte² e projeção consciente (desdobramento, viagem astral) tem mostrado que estamos vivendo em múltiplas dimensões e que usamos outros corpos mais sutis para se manifestar em tais locais.
            O contato com consciências mais maduras em outras dimensões através do parapsíquismo, tem dado evidências de que há leis cósmicas que transcendem a ética humana, regendo toda a existência. Fica evidente que cada consciência tem determinado nível de discernimento e evolução, e todas precisam resolver suas questões pessoais e grupais. As que já tem maior maturidade consciencial, planejam suas vidas antes de renascerem, e tem objetivos assistenciais de grandes proporções.
            Somos consciências em evolução, viemos da dimensão extrafísica, e estamos aqui para melhorar a qualidade de vida neste planeta. Teoricamente podemos assimilar tais conceitos, mas não tem o devido valor sem uma autocomprovação a partir de uma autoretrocognição, ou seja relembrar onde estávamos antes de renascer, e o que planejamos fazer nesta vida atual.
            Para resolver a questão das autocomprovações a partir da hipótese de que tais ideias são verdadeiras, a Conscienciologia lançou o paradigma consciencial. É um modelo de referência para estudos e pesquisas da consciência, a partir do método da autopesquisa. O objeto de estudo é o próprio pesquisador, e com as técnicas propostas pela Conscienciologia ele mesmo pode promover fenômenos parapsíquicos, por exemplo: a projeção consciente, clarividência e a retrocognição e comprovar por si estas realidades extrafísicas.
            No CEAEC (Centro de Altos Estudos da Conscienciologia), em Foz do Iguaçu no Paraná, foi criado 17 laboratórios com diversas temáticas de autopesquisa para auxiliar nas autoexperimentações³. O IIPC (Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia) de Saquarema no Rio de Janeiro também conta com 6 laboratórios de autopesquisa 4. Em Portugal na região de Evoramonte na IAC (Internacional Academy of Consciousness)  há 4 laboratórios de autopesquisa também com diferentes temáticas5.
            Todos estes recursos nos auxiliam a obter um maior autoconhecimento, além dos laboratórios há também livros, palestras e cursos. A Conscienciologia já conta com mais de 300 especialidades, há muita informação em diversas áreas que envolvem a consciência. Temos hoje uma grande oportunidade em nossas mãos, o inteligente é não desperdiçar nossas vidas com futilidades, mas priorizar a evolução pessoal buscando as autoexperimentações.

*William Nascimento é técnico. em enfermagem, pesquisador voluntario e docente do IIPC - Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia, uma instituição de Educação e Pesquisa Científica, pacifista, laica, universalista, sem fins de lucro, não doutrinária, independente, que se destaca pela excelência em cursos e publicações técnico-científicas sobre as ciências Projeciologia e Conscienciologia, telefone para contato: 041-3233-5736.

Referências infográficas:
1. ¹ Dr. Brian Weiss, em entrevista regressão a vidas passadas: http://www.youtube.com/watch?v=ilrtLMllRCs
2. ²  Experiência de quase morte - Dr. Raymond Moody. http://www.youtube.com/watch?v=9ElMRtWkSk8
4. ³ Centro de Altos Estudos da Conscienciologia. www.ceaec.org
5. 4 Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia. www.iipc.org
6. 5 Internacional Academy of Consciousness. www.iacworld.org 

domingo, 23 de dezembro de 2012

A tarefa do esclarecimento


Leuzene Salgues
            Muitas pessoas sentem vontade ou necessidade de exercer algum tipo de atividade assistencial. As oportunidades de realizar assistência são inúmeras e cada pessoa interessada pode encontrar situações e contextos diversos para implementar os seus propósitos assistenciais.
            As situações de cooperação, tais como apanhar um objeto que caiu, acionar o botão do elevador ou segurar a porta para alguém, ilustram momentos de ajuda nos quais não há envolvimento ou repercussão entre os envolvidos, constituindo, muitas vezes, em exercício de boa educação.
            Quando as ações de ajuda são referentes a situações de carência e até de risco de vida, exercita-se a caridade. Nesses contextos há repercussões, principalmente de ordem emocional e sensibilização entre o assistente e o assistido. O assistido sente-se gratificado pelo suprimento de suas necessidades e o assistente pela satisfação íntima e reconhecimento de sua solidariedade. Essas tarefas mais voltadas ao assistencialismo são denominadas de tarefa da consolação.
            Pela Enciclopédia da Conscienciologia, o perfil assistencial é o conjunto de traços conscienciais ou habilidades capazes de tornar alguém apto para a execução das tarefas assistenciais, multidimensionais às consciências. Implica em intenção e disponibilidade pessoal que fazem a consciência assistencial ter um padrão de pensamentos, sentimentos e energias que a tornam benquista por todos.
            As consciências de perfil assistencial são aquelas que já despertaram para a vontade de assistir. No desenvolvimento da assistencialidade, elas podem atuar além da condição de ajuda, da caridade ou consolação, assumindo tarefas com menor ênfase emocional em favor de padrões mais racionais e de discernimento denominadas de tares ou tarefa do esclarecimento.
            A tarefa do esclarecimento é interassistencial e pautada no paradigma consciencial, pelo qual a consciência estuda a si mesma, de modo integral e multidimensional. Essa tarefa não consola, mas auxilia as consciências a refletirem e ampliarem o discernimento acerca delas próprias e a compreenderem a condição multifacetada da realidade consciencial, ou seja, as diversas possibilidades de manifestação da consciência.
            A tares é uma tarefa que se realiza no atacadismo consciencial, na divulgação das verdades relativas de ponta, em atividades assistenciais que permitem que muitas consciências acessem as informações. A tares avançada é fruto do exemplarismo, da autopesquisa teática (teórica e prática), do registro pessoal e da divulgação das verdades relativas de ponta produzidas pelos esforços da consciência em ampliar o autoconhecimento, rumo à dinamização da própria evolução.
            Uma das maneiras de exercitar a tarefa do esclarecimento avançada é o atacadismo promovido pela tares grafopensênica que consiste na grafia dos pensamentos, sentimentos e energias, verdades relativas de ponta (verpons) que são escritas e publicadas em artigos e livros e que auxiliam outras consciências a adquirirem informações sobre a evolução da consciência, a confrontarem as experiências vivenciadas com os conhecimentos existentes e a ampliarem o autodiscernimento.
            Você, leitor, já realiza algum tipo de tarefa assistencial? Atua no varejo ou atacadismo consciencial? No esclarecimento ou na consolação? Refletir sobre essas questões pode contribuir para compreender o seu perfil assistencial.

Fonte: Site da Intercampi postada em 26/agosto de 2009.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Amizade evoluída


William Nascimento 
                       Entrar em sintonia, simpatizar com grande apreço num perfeito entendimento solidário e recíproco de afeto. Se você já sentiu tal sentimento por alguém numa relação benigna de companheirismo e benevolência você sabe o valor que tem uma amizade. Amizade é partilha de conhecimentos, experiências e o caminhar junto nas horas boas e ruins.
            Referir-se a amizade, é tratar do tema afetividade, o processo afetivo se consolida e se embasa na construção da amizade. A evolução fundamenta-se na convivência com o outro, existe a necessidade da troca de ideias, sentimentos, emoções, e energias sem os quais não aproveitaríamos a amizade para aprender e amadurecer mutuamente.
            Um amigo que concorda com tudo o que outro fala e faz, que não questiona e problematiza, ou que perante uma crítica não defende, argumenta e fundamenta seu modo de pensar e ver o mundo, não é amigo. Amizade é dar e receber feedbacks sobre o que podemos melhorar. É apontar caminhos, solucionar problemas, se adaptar ás mudanças. Uma amizade em que não há compreensão mútua, com cada um discernindo e defendendo seu ponto de vista buscando um consenso, também não é uma amizade verdadeira.
            O amigo leal, não faz lavagem cerebral, inculcações, doutrinações, ele respeita as decisões do companheiro, está distante da postura de querer convencer o outro sobre quaisquer assuntos. O amigo informa, expõem suas ideias e sentimentos, buscando ser assertivo na sua convivência. Não há espaço para discussões que acabam em brigas, desavenças e violência.
            O respeito prevalece quando o amigo entende o outro como consciência em evolução, sabe que há traços positivos em sua personalidade e outros a melhorar. Existe, portanto, admiração, mas também há discordância dos aspectos que precisam ser mudados para que seu companheiro use seu pleno potencial e habilidades.
            A amizade evoluída transcende a amizade convencional, devido o nível de lucidez e discernimento de ambos, não é restrita pela visão tacanha dos paradigmas das ciências convencionais materialistas, nem aos dogmas do paradigma religioso. Porque a amizade evoluída tem por premissa que cada um é resultado de múltiplas vidas, e diversos períodos entre duas vidas humanas (períodos intermissivos).
            Cultivemos amizades evoluídas, pois estas trazem os melhores resultados. Na amizade evoluída o amigo ajuda o outro sem esperar retorno, simplesmente quer ver o outro bem. Há compreensão de ambos sobre a importância da interassistencialidade (o assistente também é assistido) de modo que ambos podem dinamizar ou acelerar a própria evolução pessoal.
            William Nascimento é téc. em enfermagem, pesquisador voluntario e docente do IIPC - Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia, uma instituição de Educação e Pesquisa Científica, pacifista, laica, universalista, sem fins de lucro, não doutrinária, independente, que se destaca pela excelência em cursos e publicações técnico-científicas sobre as ciências Projeciologia e Conscienciologia, telefone para contato: 041-3233-5736 maiores informações no site: www.iipc.org

Filmografia
1. A Cura (The Cure) - EUA, 1995 - Direção: Peter Horton; Elenco: Joseph Mazello, Brad Renfro; Duração: 1h 50min.
2. Inimigo Meu (Enemy Mine) - EUA, 1991 - Direção: Eliseo Subiela. Elenco: Dennis  Quaid, Louis Gosset Jr; Duração: 1h 48min.
3. Ponte para Terabítia (Bridge to Terabithia) - EUA - Nova Zelândia, 2007 - Direção: Gábor Cesupó; Elenco: Josh Hutcherson, Anna Sophia Robb, Robert Patrick, Zooey Deschanel, Baile Madison.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A crise como oportunidade de crescimento consciencial


Andréa Nascimento
            As situações de crise que, muitas vezes, vivenciamos são para a Conscienciologia uma oportunidade de crescimento, de evolução da consciência. Esse pressuposto quando inserido no nosso dia-a-dia pode nos trazer informações valiosas para o nosso processo de evolução consciencial, por oportunizar a reflexão.
            Quando buscamos fazer uma análise da situação geradora de crise, seja ela qual for, ao refletirmos criticamente sobre a mesma, podemos fazer uma reflexão do ocorrido e dimensioná-la como possibilidade de mudanças, seja para nós ou para outras consciências envolvidas.
            A atitude reflexiva sobre as nossas crises, inevitavelmente, leva-nos a encará-las como algo natural. O conflito pode ser com a própria pessoa ou com outrem, já que, onde se concentram pessoas (consciências), estas convivem, interagem entre si, seja no trabalho, no lazer, no supermercado, em casa ou em outros ambientes propícios ao surgimento de conflitos. Observamos que nas diversas situações onde o conflito se instala o mesmo é fruto de alguma imaturidade de algum membro do grupo de consciências envolvidas.
            Nesse sentido, ao refletirmos sobre as situações conflituosas consigo ou com os outros, sugerimos umas questões a serem feitas: o que fazer nesta situação de conflito? Qual o motivo de conflito? Quem está provocando a crise, sou eu ou o outro? Qual a imaturidade que sobressai em mim ou no grupo? A compreensão do contexto contribui para a busca de uma solução possível. A análise crítica poderá nos ajudar a sair da crise.
            Nenhuma situação será igual a outra, mesmo que o desentendimento se repita entre as mesmas pessoas. Então, o melhor é buscar uma manifestação mais racional, sem desequilíbrios emocionais, em uma postura de abertismo ao processo de auto e heteroassistência consciencial.
            Na interassistencialidade grupal, o grupo poderá se envolver e contribuir para uma reflexão coletiva sobre os motivos e conseqüências dos conflitos, de modo que todos tenham a oportunidade de falar sobre as suas percepções, seus sentimentos e ideias sobre a situação, buscando discernir e caminhar na direção da dissolução da crise.
            A ação de nos inserirmos, com coragem, no contexto da crise e fazermos uma análise minuciosa dos nossos pensenes (pensamentos, sentimentos e energias) favorece o levantamento dos traços dificultadores e traços facilitadores de nossa personalidade que podem ter contribuído ou não na geração do conflito grupal.
            A manifestação da consciência vai além da análise da manifestação de corpo físico, ela ultrapassa as barreiras invisíveis da multidimensionalidade, percorre outros caminhos que entrarão em ressonância com outras freqüências e, assim, ao reverberar nossos pensamentos, sentimentos e energias, os mesmos poderão contribuir ou não para a melhoria do clima interrelacional nas diversas dimensões.
            A vivência de processos de crises indica que quando estamos emocionalmente fragilizados os recursos afetivos imaturos se sobressaem ao discernimento, embotando a nossa capacidade de refletir e de agir criticamente de forma assistencial a todos na multidimensionalidade. Por isso, perdemos a oportunidade de crescermos juntos, de vermos nossas imaturidades e terminamos sabotando a experiência de aprendizagem coletiva.
            Toda crise é bem-vinda para qualquer pessoa ou para qualquer grupo. O que vai fazer a diferença entre as consciências envolvidas é a maneira como a crise é acolhida, interpretada e levada à reflexão para obtenção de um maior nível de discernimento, seja individual ou grupal. O tratamento e a condução da crise, o procedimento que se escolhe seguir, pode torná-la um meio propício a uma condição de crescimento, de maior maturidade e dinamização evolutiva de todos os envolvidos.

Fonte: Site da Intercampi, postada em 19/agosto de 2009.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Estranho no ninho


William Nascimento
            É comum que na Sociedade existam pessoas que se sintam deslocadas, inadequadas ou estranhas, como se fossem um peixe fora d′água. O sentimento de ser um estranho no ninho, mesmo sendo parte de uma família estruturada, com amizades sadias e uma profissão, pode ser um indicador da pessoa que tem a SEST (Síndrome do Estrangeiro).
            A SEST é um distúrbio do comportamento, um estado mórbido de alienação com estranheza ao ambiente e as pessoas, gerando inadaptação, melancolia e apatia. Um dos sintomas é o sentimento de saudade de origem desconhecida. Este local desconhecido é por hipótese o ambiente em que o portador da síndrome se encontrava antes de nascer, ou seja o período entre uma vida e outra¹.
            Quando morremos, continuamos se manifestando na dimensão extrafísica através de outro corpo mais sutil conhecido por alma ou espírito, este ambiente pode ser mais evoluído, avançado, um cenário de grande beleza. Deixar este cenário tão belo para enfrentar uma nova vida, pode desenvolver uma saudade inconsciente gerando a SEST.
            O processo da ressoma conhecido por reencarnação é um ciclo necessário para que haja evolução. Após a morte biológica no período entre uma vida e outra, fazemos o balanço de nossa existência na dimensão extrafísica conhecido por mundo espiritual, verificamos acertos, erros, omissões e realizações. Muitos renascem apenas para resolver questões pessoais, outras vem para ajudar um grupo de pessoas, e há aqueles que tem propósitos grandiosos envolvendo um grande número de pessoas.
            Independente do tipo de missão, programação ou projeto de vida todos tem a oportunidade de recomeçar e fazer melhor. Este mecanismo atua como uma prevenção da superlotação na terra, um lugar em que ninguém morre em pouco tempo ficaria sem recursos naturais.
            Outro ponto que vale considerar é que na dimensão extrafísica o seu estado consciencial determina a dimensão em que você se manifesta, pessoas que vivem irritadas, deprimidas ou que só querem levar vantagens, criam um cenário que não é muito agradável de se ver, talvez o leitor já tenha ouvido falar em inferno, umbral ou baratrosfera. Pessoas neste estado podem ficar séculos nestas dimensões sem nem saber que morreram. Por isso é necessário que consciências mais lúcidas intervenham a favor delas dando a oportunidade para elas refazerem suas vidas e possam limpar mágoas, culpas e frustrações acumulada numa vida passada.
            Nossa origem é extrafísica, somos consciências multiexistenciais e multidimensionais. A sensação de ser um estrangeiro em nossa terra natal, tem sua razão de ser e pode ser superado visitando o ambiente extrafísico.
            Para visitar o ambiente extrafísico existe um recurso chamado projeção consciente, fenômeno fisiológico, natural estudado pela ciência Projeciologia. Podemos através de técnicas sair do corpo com lucidez e visitar esses locais. O IIPC Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia, oferece muitas ferramentas para os interessados em ter suas experiências projetivas. A condição ideal é que o leitor não acredite no que esta escrito neste artigo, mas pense nisso como sendo uma hipótese e aplique as técnicas para ter suas próprias experiências, e use o senso crítico para analisar e interpretar as vivências pessoais.      
   
*William Nascimento é técnico em enfermagem, pesquisador  voluntario e docente do IIPC - Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia, uma instituição de Educação e Pesquisa Científica, pacifista, laica, universalista, sem fins de lucro, não doutrinária, independente, que se destaca pela excelência em cursos e publicações técnico-científicas sobre as ciências Projeciologia e Conscienciologia, telefone para contato: 041-3233-5736 maiores informações no site: www.iipc.org

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ¹BALONA, Málu. Síndrome do Estrangeiro pag. 23 e 24.

REFERÊNCIAS INFOGRÁFICAS
2. Síndrome do estrangeiro entrevista com Malú Balona no ciência e consciência. 
http://www.youtube.com/watch?v=_pbZLGNyS5U

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Reflexão sobre a autocientificidade


Clara Boeckmann
            Muito interessante um exercício de reflexão sobre o nível de cientificidade que foi possível ser realizado por esta autora durante um curso de Qualificação Docente. Um teste de comparação entre cientificidade e ceticidade. Numa coluna, estava uma lista de conceitos cientificamente comprovados, conhecidos por informação, porém, raramente vivenciados. Aliás, exceto pelos cientistas que estudam tais fenômenos, poucas pessoas conhecem ou vivenciaram: buracos negros, prótons, força elétrica atômica, células, DNA. Quantas pessoas já os viram, comprovaram sua existência, pessoalmente? No entanto, acreditam. Pois os cientistas garantem que existem!
            Na outra coluna, estavam fenômenos parapsíquicos, que esta autora, com elevado nível de ceticismo, já experimentou, por repetidas vezes, tais como: o estado vibracional, a pulsação de chacras, energias terapêuticas, campo energético interpalmar, entre outros.
            Muitas pessoas já vivenciaram as mais diversas experiências parapsíquicas. Algumas até mesmo viram e ouviram consciências extrafísicas (espíritos). Mesmo experienciando fenômenos parapsíquicos, essas pessoas dizem para si mesmas que nada disso existe, que eles são alucinações auditivas, visuais, entre outras.
            Ao longo da história da humanidade há registros de fenômenos vivenciados pelos seres humanos, que ocorreram em épocas distintas, em várias civilizações e tribos, por todo o planeta. Há relatos produzidos pelos experimentadores que se assemelham, independente de quaisquer conexões de conhecimentos entre aqueles que descreveram seus fenômenos. Mesmo assim, muitos desses experimentadores afirmam não acreditar na realidade parapsíquica.
            Quais as razões dessas posturas díspares entre os contextos relatados? O que leva um ser humano a acreditar em algo inacessível a si, que outrem (cientista) lhe conta que existe ao mesmo tempo que nega suas próprias vivências? A resposta muitas vezes é: “mas isso é comprovadocientificamente”. Qual o significado desta afirmação? A repetição do fenômeno por qualquer experimentador está no cerne do que seja considerado “cientificamente comprovado”.
            Concorda-se que a postura científica é a melhor. Significa que qualquer pessoa, se quiser experimentar, pode ir ao laboratório específico e ver com os próprios olhos, por exemplo, uma cadeia do DNA (embora possa continuar duvidando, pensando que aquilo foi forjado). Para que haja uma aceitação no meio científico, na prática, é imprescindível que um número expressivo de pessoas (cientistas) reafirme o que outros experimentaram, até termos uma contundente prova científica do fenômeno.
            Permanece o questionamento: porque não acreditamos nas experimentações de milhares de pessoas, com relação aos fenômenos parapsíquicos? Isto indica que as premissas do que nós acreditamos é que muitas vezes não são questionadas. O ceticismo positivo, onde é justo questionarmos o que não experienciamos por nós mesmos, tem o seu valor. O ceticismo negativo, em que se nega simplesmente por não querer acreditar (por crenças e valores pessoais), não acrescenta nada à evolução consciencial, à ciência ou à humanidade.
            Dentro do paradigma consciencial, a Projeciologia concentra as vivências práticas multidimensionais da Conscienciologia. Inclui a experimentação das energias, das projeções conscienciais lúcidas, e fenômenos como clarividência, precognições e retrocognições.  Estes fenômenos são estudados de forma sistemática, científica. O que diferencia a cientificidade do paradigma consciencial são os instrumentos de experimentação, onde o objeto de estudo é, ao mesmo tempo, o observado e o observador. O cientista é o laboratório de pesquisa.
            Diante do exposto, é preciso não ficar cético às nossas próprias parapercepções, negar percepções além dos sentidos do soma. Há muito que conhecer sobre a realidade parapsíquica. Infelizmente, a ciência cartesiana ainda não investiu o suficiente nas pesquisas conscienciais. Sem dúvida, tanto para a ciência tradicional quanto para o paradigma consciencial, cada um de nós precisa buscar a vivência prática, o experimento, registro e repetição de fenômenos. Ponderar energia e prática. Mediar a própria ceticidade. Isto é vivência da autocientificidade.

Fonte: Site da Intercampi, postada em 12/agosto de 2009.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Experiência de quase morte


William Nascimento
        Acidentes de carro, cirurgias de risco, afogamentos, ferimentos a bala ou reações alérgicas, são situações que levam milhares de pessoas a morte. Em hospitais é muito comum relatos de pessoas que foram dadas como mortas clinicamente, mas voltaram para contar suas vivências neste período.
            Estes relatos já foram apresentados em diversos programas de televisão e documentários¹, inclusive pessoas cegas de nascença dizem ter visto o mundo pela primeira vez quando se encontravam fora do seu corpo físico². Num destes documentários o Dr. Raymond Moody médico, psicólogo e parapsicólogo, conhecido por suas pesquisas sobre a EQM (experiência de quase morte) e autor de vários livros sobre o assunto, diz que quem passa pela EQM pode vivenciar 9 experiências tais como:
1. ouvir um zumbido nos ouvidos.
2. um sentimento de paz e ausência de dor.
3. ter uma experiência fora do corpo.
4. sentir-se viajar dentro de um túnel.
5. sentir-se subir pelos céus.
6. ver pessoas principalmente parentes já falecidos.   
7. encontrar seres espirituais, por vezes identificados como sendo Deus.
8. ver uma revisão da própria vida.
9. sentir uma enorme relutância em voltar à vida.
            Mas qual seria o sentido destas experiências? As pessoas que vivenciaram o fenômeno da EQM, dizem ter voltado a vida por terem a sensação de algo a realizar. Grande parte dessas pessoas fizeram grandes renovações em suas vidas, mudaram hábitos, comportamentos e vícios.
            Será que é realmente preciso passar por um trauma deste para compreender o que realmente é importante em nossas vidas? Segundo os professores do IIPC Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia não é preciso sair do corpo de forma forçada para compreender a existência de outras dimensões e o sentido da vida.             Podemos sair do corpo de maneira lúcida quando quisermos, atualmente o IIPC  conta com tratados, livros e artigos para os interessados em aprender as técnicas para promover as experiências fora do corpo.
            Um dos cursos básicos para aprender sobre este  assunto é o CIP (curso integrado de Projeciologia e Conscienciologia), este curso conta com 20 aulas de 2:30 de duração, sendo 2 horas de teoria e 30 minutos de prática energética e ainda 2 aulas laboratoriais para aplicar técnicas projetivas. As manobras energéticas facilitam a descoincidência dos corpos sutis que usamos para nos manifestar em outras dimensões.
            Independente da crença, cultura, classe social e etnia a projeção consciente pode ser vivenciada e experimentada por qualquer pessoa. Basta manter uma postura aberta, neofílica sem dogmas, apriorismos ou fechadismos. Não há riscos da pessoa não voltar para o corpo, inclusive o medo pode ser um fator que dificulta a projeção consciente. Mas após algumas experiências fora do corpo com lucidez, o projetor consciente pode perder o medo da morte e ter a mesma motivação para renovar a sua vida que uma pessoa que passou por uma EQM.    

*William Nascimento é técnico em enfermagem, pesquisador voluntario e docente do IIPC - Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia, uma instituição de Educação e Pesquisa Científica, pacifista, laica, universalista, sem fins de lucro, não doutrinária, independente, que se destaca pela excelência em cursos e publicações técnico-científicas sobre as ciências Projeciologia e Conscienciologia, telefone para contato: 041-3233-5736 maiores informações no site: www.iipc.org

REFERÊNCIAS INFOGRÁFICAS
1. ¹ Paulo Vieira, EQM  - O que dizem médicos e pacientes sobre a experiência: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=N8c-uw3S8Bo
Conheça pessoas que foram tidas como mortas e conheceram o outro lado da vida:http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=I5c5NakNZIE
EQM de volta para a vida (Discovery Channel): http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=LdZgW8939So
Visitando a morte. Reportagem especial, jornal da Band (2000):
EQM Experiência de quase morte - Globo Reporter (1998):
Lars Grael fala da EQM - Experiência de quase morte (2011):
EQM - Experiência de quase morte - Jornal da Band (2011):
Globo Reporter - 16/09/11 - EQM: Experiência de Quase Morte (Completo):

2. ² EQM em cegos - Caso Vicky (Projeciologia):