quinta-feira, 9 de maio de 2013

Por que a Conscienciologia é uma Ciência?



Thiago Leite
            A maioria dos campos de pesquisa que procuram estudar os fenômenos ditos “paranormais” ou “sobrenaturais” recai no dogmatismo e no misticismo. Tradicionalmente, no Ocidente, imputa-se às religiões e ordens esotéricas o monopólio da abordagem da projeção da consciência (projeção astral), percepções extrassensoriais (clarividência, clariaudiência e outras) e o uso das bioenergias para processos de cura, entre muitos outros fenômenos.
            O Espiritismo, por exemplo, sendo a religião que mais se aproximou de um estudo objetivo desses fenômenos, ainda mantém abordagens dogmáticas e recusa-se a atualizar seus conhecimentos. Nessa religião, todo e qualquer fenômeno que extrapole os sentidos físicos tem uma explicação pronta e acabada, inspirada nos escritos de Allan Kardec, que até hoje a maioria dos espíritas não procurou rever nem refutar, aceitando-os como palavra sagrada e definitiva.
            A Conscienciologia vem dar um passo além, no sentido de se encarar esses fenômenos como uma realidade próxima a todos nós, natural e fisiológica, sem nenhum caráter misterioso, místico nem mítico e totalmente abordável sob um ponto de vista racional e científico.
            Mas o que diferencia a Conscienciologia de outros ramos que estudam essa fenomenologia? O que a torna uma ciência e não uma religião ou um conhecimento esotérico? Em primeiro lugar, ela tem um objeto de estudo específico, claro e bem delimitado: a consciência. Esta é entendida como a realidade subjetiva do universo, ou seja, a pessoa, o indivíduo, o ego, a alma.
            Além disso, tem um paradigma próprio, baseado num corpo de teorias que abrangem diversos fenômenos relacionados à consciência. Essa teorias, que juntas compõem o Paradigma Consciencial, podem ser resumidas em 4 postulados básicos.
Primeiro, a consciência é multidimensional, ou seja, se manifesta em diversas dimensões. Segundo, ela é multiveicular, o que significa que possui diversos veículos de manifestação. A consciência também é multiexistencial, vive várias existências intrafísicas e extrafísicas. Por fim, ela se manifesta através da energia em seus diversos graus de sutileza e densidade.
            A multidimensionalidade e a multiveicularidade da consciência implicam na sua manifestação em várias dimensões e com diferentes corpos, além do corpo físico. A consciência é dotada de pelo menos 4 (quatro) veículos: o corpo humano ou soma, que se manifesta na dimensão intrafísica; o corpo emocional ou psicossoma, manifestando-se na dimensão extrafísica; o corpo energético ou energossoma, na dimensão energética, “ligando” o soma ao psicossma; e o corpo mental ou mentalsoma, o corpo do discernimento, nativo da dimensão mentalsomática, a mais sutil.
            Nessa perspectiva, a consciência pode experimentar, por exemplo, a vivência da dimensão extrafísica, utilizando-se do psicossoma, conhecido no Espiritismo como perispírito ou corpo astral. A existência do psicossoma e da dimensão extrafísica em que ele se manifesta explicam diversos fenômenos relatados por muitas pessoas em diversas partes do mundo. Em especial, explica a projeção da consciência, ou seja, a saída da consciência fora do corpo humano e a experiência de atravessar o espaço sem barreiras físicas.
            Essa teoria também abarca o fenômeno do encontro extrafísico, ou seja, o fato de a pessoa encontrar um amigo ou parente na dimensão extrafísica e compartilhar a experiência, que é rememorada (parcial ou completamente) por ambos, a posteriori. Ou ainda o fato de a consciência testemunhar um evento longe do local em que repousa seu corpo físico, confirmando-o depois, o que seria impossível numa abordagem estritamente intrafísica, que considera apenas os 5 (cinco) sentidos do corpo humano.
            O Pradigma Consciencial considera ainda que a consciência continua existindo mesmo depois da morte do corpo físico (dessoma). Nessa condição, a consciência se manifesta principalmente na dimensão extrafísica, sendo chamada de consciência extrafísica (consciex). No ciclo multiexistencial e evolutivo da consciência, ela retorna à dimensão intrafísica através da ressoma, ou seja, assumindo um novo soma. Embora normalmente não se recorde de sua existência passada, ela guarda na memória do mentalsoma todas as suas experiências pretéritas, que podem ser acessadas mais facilmente na projeção do corpo mental, ou seja, quando a consciência está se manifestando na dimensão mentalsomática.
            Outro aspecto que demonstra o cientificidade da Conscienciologia é a abordagem própria de pesquisa. Ao reconhecer o caráter único do fenômeno consciencial, a Conscienciologia considera que só há uma forma possível de se estudar seu objeto de estudo, a autopesquisa, ou seja, a própria consciência é ao mesmo tempo sujeito e objeto de pesquisa.
            Uma das implicações sérias dessa perspectiva é que todo e qualquer interessado nessa ciência pode experimentar e desenvolver os diversos fenômenos multidimensionais, ao contrário da maioria dos ramos dogmáticos do saber, que reservam a um grupo especial (os sacerdotes, os médiuns, os iniciados) a manifestação desses fenômenos.
            Por outro lado, a Parapsicologia também se propõe fazer um estudo científico dos fenômenos conscienciais. No entanto, as dificuldades de se avançar nessa área se devem justamente ao fato de os parapsicólogos permanecerem numa abordagem intrafísica e de heteropesquisa (ou seja, o pesquisador procura não se envolver com o objeto de estudo).
            Um dos requisitos para que determinada teoria seja considerada científica é sua capacidade de abarcar o maior número de fenômenos possível. Esse princípio é chamado na Filosofia da Ciência de Navalha de Ockham, e postula que, entre duas teorias, deve-se dar preferência à mais simples e a que explica mais fatos. A Conscienciologia, a partir do Paradigma Consciencial acima descrito, consegue abordar dezenas de fenômenos diferentes, como a clarividência (enxergar fatos ocorrendo à distância), a telepatia, a retrocognição (rememoração de experiências de outras vidas), a precognição (previsão de possíveis fatos que ainda não ocorreram), a cura através de passes e a incorporação de consciências extrafísicas pelo médium, entre muitos outros.
            As teorias conscienciológicas podem ser averiguadas ou refutadas através da autoexperimentação, baseada no princípio da descrença: não acredite em nada, nem mesmo no que está escrito neste artigo; experimente e promova suas próprias vivências pessoais, com abertismo e criticidade.
            Para saber mais sobre este tema, consulte o livro Projeciologia – Panorama das Experiências da Consciência fora do Corpo Humano, de autoria de Waldo Vieira. A obra pode ser encontrada no site Shopcons (www.shopcons.com.br) ou em uma unidade do INTERCAMPI.

*Voluntário do INTERCAMPI em Recife

 Fonte: Site da Intercampi, postada em 26/janeiro de 2012.
http://intercampi.org/2012/01/26/por-que-a-conscienciologia-e-uma-ciencia/

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