Marco Miguel Pereira
Em certos momentos da vida, percebe-se que
o acervo mental de informações, resultado de anos de aprendizados e
experimentações, mostra-se questionável, seja relativo ao trabalho, as crenças
pessoais, ou aos valores interiores. Surge então a pergunta: porquê ainda
cumpro rituais ou papéis que já não me trazem o mesmo resultado ou a satisfação
obtidos no passado? Para algumas pessoas torna-se claro o fato de que não mais
se enquadram naquele antigo contexto, ou seja, já vislumbram novos horizontes,
idéias, outras formas de se fazer, e conhecimentos que extrapolam aquele.
Muitas perguntas ficam sem resposta, pois, ocorre então uma “revisão” mental do
conjunto de crenças até então inquestionáveis. Nessa situação de saturação
descarta-se o antigo para que o novo seja aceito. Isso requer atitude pró ativa
de ir adiante, extrapolar, transcender, questionar o conhecimento padrão e
tirar a venda que esconde a realidade.
Para a conscienciologia - ciência que estuda a consciência e suas formas de
manifestação e interação através de uma abordagem integral – essa
mudança de patamar em busca de respostas não encontradas nas atuais fontes de
conhecimento, caracteriza um processo definido como maxidissidência, ou seja,
mudança de nível evolutivo com a consequente identificação de novas hipóteses
sobre o porquê das coisas, quebrando paradigmas e conceitos, em busca da
resignificação do que até então tinha-se como verdade imutável. Os exemplos são
inúmeros, como deixar movimentos doutrinários ou místicos arcaicos, rituais,
cultos, iniciações, gurulatrias, adivinhações, simpatias, superstições,
amuletos, lavagens cerebrais, etc, ou ainda, libertar-se do foco exclusivo no
paradigma cientifico – materialista, para então buscar por si novas respostas e
realidades, de forma autônoma num processo de auto pesquisa constante, reciclando
a maneira de pensar, expandindo a visão sobre tudo, principalmente de quem
somos e onde nos encontramos. A maxidissidência pode ocorrer também em momentos
de crise existencial levando a reciclagens pessoais que se traduzem em
reperspectivações de experiências e valores pessoais, trazendo novo significado
a questões que aparentemente estavam resolvidas.
A maxidissidência é a busca por novos
desafios para utilização plena de nosso potencial e por respostas às questões
até então deixadas de lado, para que não confrontássemos a “verdade absoluta”
tradicionalmente aceita. Se a busca pela verdade sofre limitação por algum tipo
de lavagem cerebral, manipulação ou doutrinação, não sendo possível sequer
questionar o pouco conhecimento que se tem, torna-se crucial rever a situação e
buscar novos caminhos.
Desconfiar da validade do conhecimento
interno e externo já demonstra aumento do nível de lucidez e discernimento,
trazendo à luz novas hipóteses e paradigmas. Indica que o trivial e comumente
aceito torna-se obsoleto e os conceitos tem consequentemente de ser reavaliados.
Dessa forma é possível aprofundar-se em si mesmo e identificar o que limita o
próprio desenvolvimento, o que precisa ser feito para seguir em frente, como e
onde encontrar respostas.
Marco Miguel Pereira é Bancário, além de
pesquisador e voluntário do Instituto Internacional de Projeciologia e
Conscienciologia (IIPC), instituição de educação e pesquisa, laica, sem fins
lucrativos. Participe das palestras
públicas gratuitas as quintas, das 19h30 as 21h30, e aos sábados, das 14h30 às
16h30, informando-se pelo telefone 3233.5736 ou pelo nosso site: www.iipc.org.
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