terça-feira, 30 de abril de 2013

Autopesquisa conscienciológica



Thiago Leite
            Na ciência tradicional, costuma-se considerar que o sujeito e o objeto de pesquisa são duas instâncias separadas, sem relação direta entre si, e que não podem se misturar. É a ideia do distanciamento do cientista. A noção de que os fenômenos podem ser apreendidos de maneira objetiva ignora o fato de que a própria ação do pesquisador já implica na subjetividade de quaisquer fenômenos.
            Essa mesma ciência tem deixado de lado o estudo mais aprofundado da realidade integral da consciência, ou seja, seu universo íntimo, as relações entre pensamento, sentimento e energia, suas manifestações multidimensionais, a multiexistencialidade e a evolução consciencial.
            As abordagens da Psicologia, da Psicanálise e das Neurociências, por mais que se preocupem com a compreensão dos fenômenos da psique humana, ainda abarcam o tema de maneira superficial, desconsiderando a impossibilidade de o pesquisador alcançar o âmbito da intimidade do paciente, e a influência de sua atuação sobre o objeto de pesquisa.
            Portanto, ao se propor estudar um objeto tão complexo como o é a consciência, a neociência Conscienciologia assume que o universo intraconsciencial só pode ser apreendido pela própria pessoa. Dessa forma, um dos principais postulados do Paradigma Conscienciológico é a Autopesquisa, ou seja, o procedimento científico em que sujeito e objeto de pesquisa coincidem; a consciência estuda a si mesma.
            Entretanto, cabe perguntar: porque a consciência se interessaria em conhecer melhor a si mesma? O que a motivaria a empreender a Autopesquisa? O processo da Autopesquisa serve, em primeiro lugar, para conhecermos melhor aquilo que já conquistamos e aquilo que dificulta nosso desempenho existencial.
            Considerando ainda que as consciências não se desenvolvem nem evoluem sozinhas, e que no processo evolutivo a interassistência é uma necessidade evolutiva do conjunto de todas as consciências, a pessoa se conhecer melhor é um meio eficaz de se entender quais mudanças podem auxiliar nas tarefas assistenciais pessoais e, consequentemente, na autoevolução e na evolução de todos.
            Aqui cabe mais uma pergunta: como fazer a Autopesquisa e como aproveitar o Autoconhecimento daí adquiridos? É preciso que o interessado compreenda que a Autopesquisa não é “achismo” e não se faz apenas através da coleta de informações óbvias, daquilo que a pessoa pensa sobre si mesmo ou daquilo que os outros dizem sobre ela.
            A pesquisa científica da consciência por ela mesma deve se embasar num método criterioso e se pautar pelo discernimento e criticidade, sem autoenganos ou autocorrupções. Muitas das coisas que precisamos saber sobre nós mesmos está abaixo da superfície de nosso ego ou persona cotidiana, e precisa ser considerado na autoavaliação.
            As ferramentas a ser usadas no processo da Autopesquisa incluem anotações detalhistas sobre nossas manifestações diárias, nossos pensamentos, sentimentos e sensações energéticas em determinadas situações do dia a dia, a autoexperimentação de novas situações, a busca por novos conhecimentos e a introspecção profunda, entre outras.
            Uma das técnicas mais pertinentes para se elaborar um quadro realista  sobre a própria personalidade é o levantamento dos traços pessoais, os traços-força (trafor), os traços fardos (trafar) e os traços faltantes (trafal). Os trafores são nossas qualidade, predicados e virtudes, tudo aquilo no qual nos destacamos e que nos permite a realização eficaz de determinadas atividades. Um exemplo de trafor é a intelectualidade.           Os trafares são nossos vícios, defeitos ou fissuras, dificultando o desempenho consciencial. Como exemplo de trafar, podemos elencar a autodesorganização. Já os trafais representam os trafores que ainda não desenvolvemos e que faltam para um melhor aproveitamento evolutivo. Uma pessoa que pretende estudar no exterior e ainda não aprendeu um idioma estrangeiro tem um trafal: o poliglotismo.
            A Autopesquisa pode ser otimizada através de um procedimento técnico, dividido em quatro etapas: autoinvestigação, autodiagnóstico, autoenfrentamento e autossuperação. A primeira etapa pode ser realizada pelo uso de registros pessoais diários, com o levantamento de dados sobre as próprias manifestações. Pode-se, por exemplo, relacionar os trafores, trafares e trafais, inclusive solititando que pessoas do seu convívio preencham uma planilha para você, contendo esses dados.
            A segunda fase, do autodiagnóstico, é uma análise crítica dos dados angariados na primeira, para que o autopesquisador diagnostique os possíveis desafios que tem a enfrentar na melhoria do desempenho evolutivo. Uma das técnicas mais recomendadas para se efetuar o autodiagnóstico é a análise rápida do Conscienciograma. Este livro-técnica consiste em 2.000 perguntas que o pesquisador faz para si mesmo, respondendo 20 questões por dia e se dando uma nota para cada um dos aspectos ali relacionados. Ao final, ele terá um retrato de todos os principais traços que precisa melhorar e construirá um plano de ações para a etapa seguinte.
            O autoenfrentamento consiste na tomada de atitudes e ações renovadoras, como abrir mão das imaturidades, assumir os trafores e as responsabilidades que eles trazem, buscar novas companhias que possam somar esforços em tarefas mais libertárias e eliminar as autocorrupções e bagulhos que estejam tomando tempo e energia da pessoa. A autossuperação, enfim, é a manutenção do enfrentamento contínuo, com a utilização do excedente de energia advindo do descarte de objetos e posturas antievolutivas.

            Você já procura promover a Autopesquisa com vistas ao Autoconhecimento? Tem promovido autorreciclagens? Quais os resultados práticos de sua Autopesquisa até agora?

Thiago Leite é voluntário do INTERCAMPI em Natal.

Fonte: Site da Intercampi, postado em 03/setembro de 2012
http://intercampi.org/2012/09/03/autopesquisa-conscienciologica/

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Relações sociais e oportunidades evolutivas



Fátima Duda
            O círculo de relações é o grupo social cultivado pela consciência intrafísica lúcida na vida multidimensional, norteado pelo conjunto de pensamentos, sentimentos e energias da própria evolução consciencial.
            Visando tirar melhor proveito evolutivo da atual experiência intrafísica, propõe-se a aplicação do princípio popular diz-me com quem andas e te direi quem és. A sugestão é fazer uma análise crítica, criteriosa e cosmoética (ética que extrapola a moral social) dos perfis psicológicos das consciências, componentes dos seus círculos de relações. Procurar estabelecer pontos de convergências e divergências entre você e elas, em face dos comportamentos alheios reprovados por você e que lhe incomodam ao ponto de deixá-lo irritado.
            Desconfie quando algo pensado ou praticado por outra pessoa lhe incomodar em demasia. Seja autocrítico, reavalie a situação com esmero e procure se ver antes, durante e depois do fato ocorrido. Analise as circunstâncias em que o fato (acontecimento intrafísico) ou parafato (acontecimento extrafísico) se deu, observe as energias das pessoas envolvidas e do ambiente, levante hipóteses e tire conclusões.
            O incômodo, originário de si mesmo ou de consciência assediadora intrafísica ou extrafísica, é uma boa sinalética para apontar o que precisa ser modificado em nós. A assertividade está em encarar o problema de frene, refletir sobre ele, elaborar um diagnóstico e formas de enfrentá-lo até a sua superação. A consciência, assim procedendo, cria para si uma crise de crescimento positiva.
            Todos querem ter uma vida melhor, bem-estar, pacificação íntima, equilíbrio, mas poucos estão dispostos a pagar o preço exigido. O preço da evolução sem penúria é a crise de crescimento; a condição é o abandono da zona de conforto; a ponta do iceberg são os mecanismos de defesa do ego; o elemento indicador de que estamos verdadeiramente investindo no processo evolutivo pessoal é a natureza dos ganhos positivos acrescidos a nossa Ficha Evolutiva Pessoal – FEP (saldo positivo de todas as nossas existências até o momento atual). Por essa razão, muitos tentam camuflar o desconforto se contentando com os “ganhos” secundários, por lhe trazerem algum alento, atitude autocorruptora e reforçadora do auto e heteroassédio, tendente ao padecimento.
            Esse contentamento mínimo, embotando o discernimento e dissimulando a inquietação íntima, pode estar associado a uma condição assediadora iniciada pela própria consciência e passível de, com o decorrer do tempo e pela afinidade, atrair outras consciências com esse mesmo padrão, agravando o quadro. Cedo ou tarde o desconforto reaparecerá com força total, semelhante à arrebentação das ondas do mar sobre as rochas. Vencido pelo cansaço, surgirá o sofrimento no lugar da crise de crescimento e não haverá outro jeito a não ser enfrentá-lo. Investir numa condição já sabida deficitária não parece uma escolha inteligente. È pertinente indagar-se: qual o ganho real obtido pela consciência que assim procede?
            Ressalte-se que a crise de crescimento e o sofrimento diferem entre si. A crise de crescimento é o conflito íntimo experimentado pela consciência, decorrente da análise dos fatos e parafatos que lhe deram origem. Essa condição intraconsciencial pode favorecer autoenfrentamentos, atitudes novas e proativas, escolhas específicas viabilizadoras de rupturas edificantes. É, portanto, positiva, otimista, intencional, prevista, monitorada, avaliada e gera autoconfiança. O sofrimento, ao contrário, é dor física ou moral continuada, aflição, amargura, desgosto, penar; é uma condição imposta e nem sempre a pessoa atina para as suas causas.
            De qualquer modo, a consciência irá evoluir: querendo ou não; com ou sem sofrimento; com passos largos ou curtos; rápido ou devagar quase parando. É mais inteligente encarar as dificuldades com discernimento, realismo e bom humor (saúde consciencial); apropriar-se de conhecimentos e técnicas que ajudem a consciência lúcida a investir nos contatos interconscienciais, com cortesia e amizade; buscar relações transformadoras capazes de melhorar, reciclar ou aperfeiçoar o microuniverso consciencial pessoal ou a própria vida da pessoa.
            A consciência, comprometida com o holopensene (conjunto de pensamentos, sentimentos e energias) da convivialidade fraterna, tira proveito evolutivo das oportunidades advindas dos seus relacionamentos sociais e, pelo exemplarismo pessoal, resplandece, propaga a sua aprendizagem e os bons resultados alcançados, influenciando positivamente o seu círculo de relações.

Fátima Duda, voluntária do INTERCAMPI em Recife.

Fonte: Site da Intercampi, postado em 26/setembro de 2012.
http://intercampi.org/2012/09/26/relacoes-sociais-e-oportunidades-evolutivas/

domingo, 28 de abril de 2013

Você já vivenciou algum fenômeno parapsíquico?



Ana Claudia Prado
            Um fenômeno é um fato ou acontecimento surpreendente, que pode nos impressionar e estimular a nossa curiosidade em razão da natureza impactante de sua manifestação.
            A experimentação de um fenômeno parapsíquico é um acontecimento paraperceptivo que ocorre além da dimensão física, das percepções sensoriais do soma e de forma espontânea ou voluntária. É captado e interpretado pelo parapsiquismo, que constitui um atributo natural inerente à consciência (personalidade, alma, ego ou espírito). Estas experiências apoiam-se na ideia de que há outros corpos de manifestação da consciência, reais e não-físicos. Esses fenômenos se fundamentam na hipótese do corpo objetivo da consciência, nomeado de psicossoma, conforme a teoria do holossoma, proposta pelo professor e pesquisador Waldo Vieira.
            Considerando esta hipótese, o experimentador paraperceptivo elimina qualquer possibilidade da sua vivência ser imaginação, devaneio ou alucinação, como explicam outras teorias.
            A Conscienciologia é a neociência que estuda a consciência “inteira”. Trata-se de um estudo mais abrangente, incluindo todos os seus corpos, existências, experiências, épocas e lugares de vida e que transcende a realidade física. O estudo é realizado de forma teórica e prática, por meio da leitura de tratados, livros e artigos existentes e pela autoexperimentação, investigação dos próprios atributos e vivência lúcida dos fenômenos.
            O parapsiquismo, na abordagem conscienciológica, é a capacidade da consciência vivenciar parapercepções além dos sentidos físicos, através dos inúmeros fenômenos parapsíquicos, permitindo ampliar a sua comunicação com outras consciências nas dimensões físicas e não físicas com o objetivo de ajudá-las, de modo mais eficaz, a superar as suas dificuldades.
            Os fenômenos parapsíquicos são relatados cada vez mais em livros, revistas, filmes, novelas e no cotidiano das pessoas. Tais fenômenos nem sempre são abordados de forma técnica, podem resultar em análises equivocadas, gerando mitos ou medo.
            Se você, leitor ou leitora, vivenciou algum desses fenômenos, por exemplo, a clarividência, a telepatia, a precognição, a projeção consciente, a intuição ou a clariaudiência, o importante é estudar não só o fenômeno em si, mas o seu conteúdo ou significado. Cada experiência decorrente destes fenômenos representa recurso para melhoria pessoal. Contudo, se você não vivenciou, é possível desenvolver o parapsiquismo para promover os fenômenos mencionados e, por conseguinte, auxiliar as pessoas e otimizar a autoevolução. Esse desenvolvimento pode ser iniciado com a aplicação diária de técnicas bioenergéticas que possibilitam a identificação de nosso corpo energético e o domínio das bioenergias. O desenvolvimento do parapsiquismo deve estar embasado nos princípios da Cosmoética (moral cósmica, ética universal).
            A autoexperimentação com discernimento e a autopesquisa (pesquisa de si mesmo) aliadas à aplicação do princípio da descrença – reflexão – auxiliam a consciência a ampliar e sistematizar o conhecimento sobre parapsiquismo e, sobretudo, eliminar os mitos e medos bloqueadores do desenvolvimento deste atributo consciencial.
Ana Claudia Prado, voluntária do INTERCAMPI em Natal

Fonte: Site da Intercampi, postada em 19/setembro de 2012.
http://intercampi.org/2012/09/19/voce-ja-vivenciou-algum-fenomeno-parapsiquico/

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Agendin: agenda intrafísica

William Nascimento
            Em nossa sociedade, há inúmeras consciências que utilizam agenda em seu dia a dia, em geral as agendas são encontradas em papelarias e lojas de utilidades. Seu uso é comum em escritórios, consultórios e residências. Geralmente vem com calendário e um local para anotações em datas específicas. Elas servem para marcar números de telefone, e anotar, dia a dia, aquilo que se deve fazer. Seu objetivo é organizar-se para cumprir atividades diversas, seja na profissão, nas rotinas domésticas, nos estudos ou lazer.
            Neste artigo, o uso da agenda é para executar tarefas relacionadas a programação existencial (proéxis). A proéxis também conhecida por projeto de vida ou missão terrena, é o planejamento específico de cada consciência renascida nesta dimensão intrafísica. Este plano de vida é feito por ela mesma, quando lúcida, e, auxiliada por evoluciólogos, são consciências técnicas conhecedoras dos processos evolutivos daquela consciência e do grupo evolutivo no qual ela pertence. Este planejamento é realizado na dimensão extrafísica, com um outro corpo mais sutil, chamado psicossoma, no senso comum conhecido por alma ou espírito, mas a execução é nesta dimensão intrafísica.
            Para saber que tarefas agendar e executar, é preciso ter pelo menos a sensação íntima de ter algo a realizar nesta vida humana. Estas realizações envolvem o autoconhecimento. Por exemplo, se ainda não reconhece que tem um corpo energético (energossoma), que influencia, e é influenciado pelos ambientes em que se vai, aplique técnicas para dominar suas bioenergias. Se nunca teve uma projeção consciente (experiência fora do corpo), conhecido por desdobramento ou viagem astral, é recomendado utilizar técnicas projetivas. Este veículo que saí do corpo físico, é o psicossoma, responsável pelos sentimentos e instabilidades emocionais, portanto é prioridade dominar estas emoções que interferem na racionalidade, no discernimento, na atenção e concentração. Estes atributos mentais pertencem a outro veículo ainda mais sutil denominado mentalsoma. Há relatos de pessoas que tiveram experiências fora do corpo com este veículo, descrevem a experiência como sendo um divisor de águas na própria vida, pois fornece informações sobre si mesmas ao longo de múltiplas vidas e períodos entre vidas (intermissões).
            As tarefas que envolvem o autoconhecimento, devem ser planejadas e agendadas para não interferir na vida humana, causando alienação por parte da consciência. Na medida em que ir dominando suas próprias energias e emoções, trabalhando seus atributos mentais, tendo experiências parapsíquicas, o próprio modo de pensar será diferente. Terá condições de sobrepairar a maior parte dos problemas e frustrações da vida humana. Eis a maior realização a que se pode chegar, podendo desta forma se envolver mais com o outro, ajudando os demais, mostrando o caminho, informando assertivamente e teaticamente as consciências sobre os parafatos vivenciado por ela mesma.      
            Desta forma a agenda deve constar a anotação por escrito de atividades que envolvem não apenas o autoconhecimento mas também a interassistência. Ajudamos a nós mesmos ao executar uma tarefa que beneficie o maior número de pessoas. Na tarefa do esclarecimento (tares), acolher, orientar e encaminhar o assistido através de ideias que dão autonomia, implica em estarmos esclarecidos, vamos ter que estudar, pesquisar, experimentar. Com a teoria e a prática (teática) nos deparamos com o modo de informar, a hora de esclarecer, e o lugar para repassar ideias que auxilie o outro a pensar por si mesmo. Tais informações dão um vislumbre de uma realidade multidimensional, muda o paradigma pessoal, oferece técnicas e ferramentas para o assistido experimentar e comprovar por si mesmo a veracidade dos fatos extrafísicos (parafatos).
            William Nascimento é técnico em enfermagem, estudante de Psicologia, voluntario e docente do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia - IIPC, uma instituição de Educação e Pesquisa Científica, pacifista, laica, universalista, sem fins de lucro, não doutrinária, independente, que se destaca pela excelência em cursos e publicações técnico-científicas sobre as ciências Projeciologia e Conscienciologia, telefone para contato: 041-3233-5736 maiores informações no site: www.iipc.org