Nara Pedroso
O humor é o atributo que regula a
vivência das emoções. É o conjunto de disposições afetivas e instintivas que
determinam nosso estado de ânimo, nossa capacidade de euforia expansiva, de
provocar riso, divertir-se ou ainda, de expressar-nos de maneira depressiva ou
dolorosa.
As interações sociais são capazes de
interferir na vivência do humor sadio expresso pelas pessoas. Já parou para
pensar sobre isso? O quanto do seu humor se regula por regras, convenções ou
pelas interações sociais que estabelece todos os dias?
Segundo a medicina, o humor é um
estado afetivo durável que depende da constituição psicofisiológica do
organismo, constituindo o pano de fundo, sobre o qual, diferentes conteúdos
psíquicos tomam uma tonalidade afetiva, por exemplo, de irritabilidade,
impassibilidade, tristeza etc. Por extensão de sentido, o humor também pode ser
entendido como um estado de espírito ou de ânimo, disposição, temperamento e
ainda como comicidade em geral, graça, jocosidade, expressão irônica enfim, uma
capacidade de engenhosamente elaborar a realidade circundante (Houaiss, 2007).
A Conscienciologia – neociência que
estuda a consciência de maneira integral e nos apresenta ferramentas de
autoexperimentação direta, dentre elas a experiência fora do corpo – considera
a autoconscientização emocional um movimento extremamente importante para
aqueles indivíduos que desejam compreender e perceber as próprias emoções e os
efeitos destas sobre sua manifestação quando da interação sadia com as outras pessoas.
Toda expressão positiva e sadia de
humor está no centro da formação dos laços profundos de amor e amizade entre os
indivíduos. Laços estes tão necessários à realização pessoal de cada um.
Estudos de psicologia e psiquiatria
atestam que hoje há mais doenças do humor do que doenças físicas. Uma nova
abordagem em psicologia, a Psicologia Positiva, movimento iniciado no final dos
anos 90, com o objetivo de oferecer às pessoas uma nova forma de ver e
desenvolver as potencialidades e virtudes humanas considera o humor sadio uma
forma útil de expressão das emoções, que em tempos de adversidades pessoais
ajuda a manter a química do organismo dos indivíduos em condições de equilíbrio
e saúde.
Sabe-se que pessoas que nascem com a
Síndrome de Moebius, um tipo de paralisia facial, tornam-se impossibilitadas de
sorrir e por conseqüência, incapazes de demonstrar emoções positivas por seus
próprios rostos. Apresentam dificuldades de fazer amigos e manterem laços de
afeto (SELIGMAN, 2009). Neste sentido, os indivíduos que não tem a síndrome
estariam aptos a desenvolver relacionamentos mais positivos, melhorando suas
virtudes de amizade, de amor, saúde física e a realização pessoal, começando
pelo simples fato de dispor da capacidade expressiva facial de sorrir para os
outros, olhar com brandura e abrir-se aos encontros de uma convivência
bem-humorada.
É possível ajudar as outras pessoas
de maneira consoladora, dando o recurso possível a quem precisa e levando humor
positivo para consciências carentes. A esse tipo de assistência dá-se o nome de
tacon – tarefa da consolação. Entretanto, mais do que consolar, é possível ir
além, mostrando às outras consciências a realidade dos fatos com muita
cosmoética e fraternidade no humor e sem desestabilizar o outro. A esse outro tipo
de assistência, dá-se o nome de tares – tarefa do esclarecimento. Uma pessoa de
bem-estar íntimo tende a ter menos influência externa, o que a torna menos
susceptível e instável. Isto qualifica suas energias e suas interações se
tornam mais agradáveis.
O bom humor melhora o estado de
ânimo das pessoas, pois incentiva o comportamento alegre, disposto,
desenvolvendo a intraconsciencialidade, atributo relacionado ao bem estar
íntimo, nem sempre prioritário para a sociedade materialista.
Pessoas
com variação de humor estão propensas a ter experiências distorcidas, pois
queixa, lamúria e lamento, são manifestações desqualificadoras do humor
individual e coletivo. Tais pessoas distanciam-se de consciências mais
evoluídas e amparadoras. Tal comportamento geralmente se dá por incorrerem em
omissão e falta de higiene mental.
O humor sadio pode ser uma
importante ferramenta evolutiva, tanto para o crescimento de quem o vivencia,
como para aqueles que convivem com indivíduos de humor qualificado. Ele possui
força assistencial, inspira disposição e ânimo em relação às outras pessoas –
“O sorriso suave, o olhar tranqüilo, por si só, já causa um efeito
reurbanizante, mesmo que a pessoa nunca tenha ouvido falar em
Conscienciologia.” (RAZERA, 2004).
*
Nara Pedroso é pedagoga e professora do Instituto
Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC), instituição de
educação e pesquisa científica, laica, sem fins lucrativos.
Palestra
gratuita todas a quintas e sábados, Av. Visconde de Nacar, 1505, piso
9, centro. Fone 3233-5736. Conheça o IIPC, no site www.iipc.org
Fonte: Site e-jornais acessado em 12/06/13 as 14:41.
http://www.ejornais.com.br/jornal_industria_e_comercio.html
Fonte: Site e-jornais acessado em 12/06/13 as 14:41.
http://www.ejornais.com.br/jornal_industria_e_comercio.html
Olá William! Passando para te cumprimentar e me deliciar com a leitura deste belo texto. Ótima escolha. Parabéns!.
ResponderExcluirAbraços,
Furtado.