Fátima Cattaneo
Às vezes gastamos tempo e energia tentando encontrar
aquele alguém especial, ou melhor, quem seria a pessoa ideal. Sabemos que essa
escolha é um processo complexo ou imprevisível, principalmente quando o amor
nos faz acreditar que encontramos nossa “cara metade” num mundo com bilhões de
alternativas. Se os caminhos do amor são tão variados, como decidimos por
determinado parceiro?
Nesse contexto, há a influência direta do máximo de
afinidades existentes seja quanto às ciências, aos gostos, às preferências, aos
objetivos e interesses fundamentais na vida, ao lazer, às artes, às
programações culturais, à sexualidade e, sobretudo, quanto às metas a curto,
médio e longo prazo dentro da programação existencial de cada um.
A técnica da Dupla Evolutiva que a Ciência
Conscienciologia propõe é a condição de duas consciências que interagem
positivamente em evolução conjunta numa sociedade, cria uma condição
existencial de evolutividade intercooperativa a dois, onde a soma das partes que
trabalham juntas é sempre maior do que a soma das partes que trabalham
separadamente, promovendo um sinergismo. Na formação e desenvolvimento sadio de
uma dupla evolutiva são muito mais necessárias as concessões inteligentes
mútuas do que as exigências mútuas.
Geralmente, nos interessamos por pessoas de uma categoria
igual à nossa, e que, muitas vezes, possuem alguns pontos discordantes e que
fazem parte da diversidade consciencial. Mas a dupla que estamos apresentando
aqui é evolutiva. Uma
dupla evolutiva integrada e atuante é bem diferente de um casamento tradicional
e muito mais de um casal íntimo de relação neurótica. A dupla evolutiva vive a
mutualidade com renovações, inovações, de modo que a união se faz pela
afetividade, sexualidade e pelo desempenho assistencial coerente com o compromisso
estabelecido na elaboração da proéxis – programação existencial. Por exemplo, é
difícil persistir no relacionamento quando não há um mínimo de afinidades, no
entanto a dupla evolutiva se forma a partir de afinidades prioritárias à
evolução: compreender o momento evolutivo um do outro, apoiar-se mutuamente na
auto-superação das dificuldades, facultar o maior despojamento para receber
heterocríticas, aumentar a intimidade, fortalecendo o amor da dupla. Através da
técnica dos 51%, quando o nível de afinidades ainda é maior do que o da
discordância, pode-se aferir o percentual de afinidades pró-evolutivas versus
afinidades involutivas que unem o casal, isto evita que a relação se mantenha
através de imaturidades.
Uma dupla evolutiva madura é formada sobre os pilares
sólidos da maturidade consciencial. Sendo assim, a partir do trinômio
desrepressão-desinibição-diálogo, amplia-se o universo da sinceridade máxima,
capaz de manter um relacionamento de convívio estreito, com interação
duradoura, produtiva e interdependência útil e continuada e do binômio admiração-discordância, a quem ama e admira, e ao mesmo tempo,
não concorda 100% com ela quanto aos seus pontos de vista, opiniões ou
posicionamentos.
Na dupla evolutiva, um parceiro não pode ser objeto de
validação para as inadaptações ou frustrações do outro, devem ser eliminadas as
competições, as restrições impostas e a posse sufocante, dispensa a necessidade
do domínio e da submissão, cada qual desfruta da liberdade energética, mental e
emocional para crescer e auto-superar-se.
Existe amor consciencial puro na dupla evolutiva, quando
há verdade mútua, honestidade suficiente da entrega total, sinceridade e
despojamento. O amor puro é uma condição que precisa ser buscada, entendida e
mantida por intermédio de concessões e muita compreensão, na vivência de uma
afetividade madura no serviço a dois, evolutivo,
diário e conjunto. Esta técnica da dupla evolutiva pode ser adaptada para
qualquer casal em qualquer época do seu relacionamento, a partir do
conhecimento das verdades relativas da ponta da Conscienciologia e da
reciclagem da existência compartilhada a dois, alterando para melhor as metas
das vidas dos parceiros. O que predomina em você: a vivência da dupla evolutiva
ou uma relação neurótica?
Fonte: Site: Intercampi, postado dia 28/novembro de 2007. http://intercampi.org/2007/11/28/artigo-dupla-evolutiva-afinidades-prioritarias-a-evolucao/
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