sábado, 15 de dezembro de 2012

Dupla evolutiva: Afinidades prioritárias à evolução


Fátima Cattaneo
            Às vezes gastamos tempo e energia tentando encontrar aquele alguém especial, ou melhor, quem seria a pessoa ideal. Sabemos que essa escolha é um processo complexo ou imprevisível, principalmente quando o amor nos faz acreditar que encontramos nossa “cara metade” num mundo com bilhões de alternativas. Se os caminhos do amor são tão variados, como decidimos por determinado parceiro?
            Nesse contexto, há a influência direta do máximo de afinidades existentes seja quanto às ciências, aos gostos, às preferências, aos objetivos e interesses fundamentais na vida, ao lazer, às artes, às programações culturais, à sexualidade e, sobretudo, quanto às metas a curto, médio e longo prazo dentro da programação existencial de cada um.
            A técnica da Dupla Evolutiva que a Ciência Conscienciologia propõe é a condição de duas consciências que interagem positivamente em evolução conjunta numa sociedade, cria uma condição existencial de evolutividade intercooperativa a dois, onde a soma das partes que trabalham juntas é sempre maior do que a soma das partes que trabalham separadamente, promovendo um sinergismo. Na formação e desenvolvimento sadio de uma dupla evolutiva são muito mais necessárias as concessões inteligentes mútuas do que as exigências mútuas.
            Geralmente, nos interessamos por pessoas de uma categoria igual à nossa, e que, muitas vezes, possuem alguns pontos discordantes e que fazem parte da diversidade consciencial. Mas a dupla que estamos apresentando aqui é evolutiva. Uma dupla evolutiva integrada e atuante é bem diferente de um casamento tradicional e muito mais de um casal íntimo de relação neurótica. A dupla evolutiva vive a mutualidade com renovações, inovações, de modo que a união se faz pela afetividade, sexualidade e pelo desempenho assistencial coerente com o compromisso estabelecido na elaboração da proéxis – programação existencial. Por exemplo, é difícil persistir no relacionamento quando não há um mínimo de afinidades, no entanto a dupla evolutiva se forma a partir de afinidades prioritárias à evolução: compreender o momento evolutivo um do outro, apoiar-se mutuamente na auto-superação das dificuldades, facultar o maior despojamento para receber heterocríticas, aumentar a intimidade, fortalecendo o amor da dupla. Através da técnica dos 51%, quando o nível de afinidades ainda é maior do que o da discordância, pode-se aferir o percentual de afinidades pró-evolutivas versus afinidades involutivas que unem o casal, isto evita que a relação se mantenha através de imaturidades.
            Uma dupla evolutiva madura é formada sobre os pilares sólidos da maturidade consciencial. Sendo assim, a partir do trinômio desrepressão-desinibição-diálogo, amplia-se o universo da sinceridade máxima, capaz de manter um relacionamento de convívio estreito, com interação duradoura, produtiva e interdependência útil e continuada e do binômio admiração-discordância, a quem ama e admira, e ao mesmo tempo, não concorda 100% com ela quanto aos seus pontos de vista, opiniões ou posicionamentos.
            Na dupla evolutiva, um parceiro não pode ser objeto de validação para as inadaptações ou frustrações do outro, devem ser eliminadas as competições, as restrições impostas e a posse sufocante, dispensa a necessidade do domínio e da submissão, cada qual desfruta da liberdade energética, mental e emocional para crescer e auto-superar-se.
            Existe amor consciencial puro na dupla evolutiva, quando há verdade mútua, honestidade suficiente da entrega total, sinceridade e despojamento. O amor puro é uma condição que precisa ser buscada, entendida e mantida por intermédio de concessões e muita compreensão, na vivência de uma afetividade madura no serviço a dois, evolutivo, diário e conjunto. Esta técnica da dupla evolutiva pode ser adaptada para qualquer casal em qualquer época do seu relacionamento, a partir do conhecimento das verdades relativas da ponta da Conscienciologia e da reciclagem da existência compartilhada a dois, alterando para melhor as metas das vidas dos parceiros. O que predomina em você: a vivência da dupla evolutiva ou uma relação neurótica?

Nenhum comentário:

Postar um comentário