quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Maxidissidência: Mudança de patamar evolutivo


Marco Miguel Pereira

Em certos momentos da vida, percebe-se que o acervo mental de informações, resultado de anos de aprendizados e experimentações, mostra-se questionável, seja relativo ao trabalho, as crenças pessoais, ou aos valores interiores. Surge então a pergunta: porquê ainda cumpro rituais ou papéis que já não me trazem o mesmo resultado ou a satisfação obtidos no passado? Para algumas pessoas torna-se claro o fato de que não mais se enquadram naquele antigo contexto, ou seja, já vislumbram novos horizontes, idéias, outras formas de se fazer, e conhecimentos que extrapolam aquele. Muitas perguntas ficam sem resposta, pois, ocorre então uma “revisão” mental do conjunto de crenças até então inquestionáveis. Nessa situação de saturação descarta-se o antigo para que o novo seja aceito. Isso requer atitude pró ativa de ir adiante, extrapolar, transcender, questionar o conhecimento padrão e tirar a venda que esconde a realidade.
Para a conscienciologia - ciência que estuda a consciência e suas formas de manifestação e interação através de uma abordagem integral – essa mudança de patamar em busca de respostas não encontradas nas atuais fontes de conhecimento, caracteriza um processo definido como maxidissidência, ou seja, mudança de nível evolutivo com a consequente identificação de novas hipóteses sobre o porquê das coisas, quebrando paradigmas e conceitos, em busca da resignificação do que até então tinha-se como verdade imutável. Os exemplos são inúmeros, como deixar movimentos doutrinários ou místicos arcaicos, rituais, cultos, iniciações, gurulatrias, adivinhações, simpatias, superstições, amuletos, lavagens cerebrais, etc, ou ainda, libertar-se do foco exclusivo no paradigma cientifico – materialista, para então buscar por si novas respostas e realidades, de forma autônoma num processo de auto pesquisa constante, reciclando a maneira de pensar, expandindo a visão sobre tudo, principalmente de quem somos e onde nos encontramos. A maxidissidência pode ocorrer também em momentos de crise existencial levando a reciclagens pessoais que se traduzem em reperspectivações de experiências e valores pessoais, trazendo novo significado a questões que aparentemente estavam resolvidas.
A maxidissidência é a busca por novos desafios para utilização plena de nosso potencial e por respostas às questões até então deixadas de lado, para que não confrontássemos a “verdade absoluta” tradicionalmente aceita. Se a busca pela verdade sofre limitação por algum tipo de lavagem cerebral, manipulação ou doutrinação, não sendo possível sequer questionar o pouco conhecimento que se tem, torna-se crucial rever a situação e buscar novos caminhos. 
Desconfiar da validade do conhecimento interno e externo já demonstra aumento do nível de lucidez e discernimento, trazendo à luz novas hipóteses e paradigmas. Indica que o trivial e comumente aceito torna-se obsoleto e os conceitos tem consequentemente de ser reavaliados. Dessa forma é possível aprofundar-se em si mesmo e identificar o que limita o próprio desenvolvimento, o que precisa ser feito para seguir em frente, como e onde encontrar respostas.

Marco Miguel Pereira é Bancário, além de pesquisador e voluntário do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC), instituição de educação e pesquisa, laica, sem fins lucrativos. Participe das palestras públicas gratuitas as quintas, das 19h30 as 21h30, e aos sábados, das 14h30 às 16h30, informando-se pelo telefone 3233.5736 ou pelo nosso site: www.iipc.org.

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