Marco Miguel Pereira
Quando
nos deparamos com pessoas cujos traços de personalidade chamam a atenção, as
consideramos exemplo de conduta e posicionamento. Em geral isso se dá por dois
motivos: a manifestação dos talentos se sobressai em relação ao comportamento
médio tido como padrão social, ou então aquele é um traço pessoal que
gostaríamos de possuir.
Fato é que
todos possuímos talentos, sejam estes percebidos por nós e pelas pessoas mais
próximas ou ainda ocultos, aguardando para vir à tona e melhorar nossas vidas.
Você saberia dizer quais são seus
talentos? Qual sua característica mais marcante? Será possível desenvolver
determinado talento e superar defeitos ou omissões de comportamento? Ou temos
que conviver com essas limitações? Para a Conscienciologia – ciência que estuda
a consciência e suas várias diferentes formas de manifestação e interações
através de abordagem integral – o talento pessoal é denominado traço-força, ou
seja, componente positivo da estrutura pessoal que impulsiona a evolução do
indivíduo. E o defeito ou falta de talento é o traço-fardo, que atua como
empecilho no processo evolutivo.
Uma forma de reconhecer os
traços-força é a através da auto-reflexão, ou seja, fazendo análise profunda de
nós mesmos para identificar:
01. Em que
áreas e porque nos destacamos ou somos considerados especialistas;
02. Em quais situações e porque
atuamos como “consultores” ou “conselheiros”;
03. Situações nas quais fomos
levados a uma superação que resultou em nova postura perante a vida.
A partir da identificação dos traços
pessoais é possível dinamizar os traços-força e utilizá-los na superação das
dificuldades ou dos traços-fardo manifestados. Dessa forma, promove-se a
evolução pessoal através do uso consciente e conjunto desses talentos. É a
falta de auto-reflexão e de discernimento que impede a percepção dos traços a
melhorar.
Os
traços-força se tornam mais visíveis quando utilizados plenamente e, dessa
forma, possibilitam a extrapolação dos referenciais sociais tidos como normais
ou padrão.
Quando somos referência é porque
manifestamos determinado talento de forma mais plena do que a maioria das
pessoas. E isso pode ocorrer por diversos motivos: pela experiência
profissional, pela sabedoria ou maturidade resultante das vivências pessoais,
ou através do desenvolvimento pró-ativo daqueles.
Fica o desafio: ao invés de nos
limitar e permanecer na situação cômoda de utilizar apenas minimamente os
nossos talentos, podemos ir além, buscando nos conhecer melhor através da
auto-pesquisa e transpor os limites pessoais ou os impostos pela família e pela
sociedade. Assim, torna-se possível atingir novos patamares evolutivos e
extrapolar os próprios desempenhos em favor da evolução pessoal, mantendo-se no
processo contínuo de auto-aprimoramento.
Marco
Miguel Pereira é bancário.
Atualmente é voluntário do Instituto Internacional de Projeciologia e
Conscienciologia (IIPC), instituição de educação e pesquisa, laica, sem fins
lucrativos. Mais informações pelo fone 3233-5736 ou pelo site www.iipc.org .
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