sábado, 26 de janeiro de 2013

Disciplina: Instrumento evolutivo da consciência


Leuzene Salgues
            Na autopesquisa a consciência investiga as desorganizações pessoais em suas manifestações, ou seja, a falta de saúde em seus corpos físico, energético, emocional e/ou mental. Nesse processo de investigação, o(a) pesquisador(a) pode identificar e diagnosticar os aspectos holossomáticos que não podem mais ser negligenciados.
            O holossoma é constituído pelo conjunto dos vários veículos de manifestação da consciência, sendo eles: soma (corpo físico), energossoma (corpo energético), psicossoma (corpo emocional) e mentalsoma (corpo mental).
            Em relação ao soma ou corpo físico é possível identificar, por exemplo, excesso de peso, sedentarismo, problemas odontológicos, ortopédicos, taxas hormonais alteradas, etc. No corpo energético ou energossoma pode ocorrer a falta de domínio das energias, bloqueios ou descompensações nos chacras, centros energéticos, ou falta de autodefesa energética. No corpo emocional ou psicossoma, a identificação dos destemperos, rompantes, baixa ou falta de autoestima, mágoas, ressentimentos, desequilíbrios emocionais sutis ou exacerbados. No corpo mental ou mentalsoma, é possível perceber as alterações de memória, atenção, raciocínio, discernimento, juízo crítico, monoideísmo (ideia fixa), entre outros.
            O diagnóstico proporciona a avaliação e escolha das estratégias de autoenfrentamento para superação das dificuldades e conquista das necessidades pessoais. Nesse processo de reeducação é imperativo ter auto-organização e definição das prioridades, sendo fundamental a disciplina para levar adiante cada etapa definida.
            A disciplina é essencial para a evolução da consciência. Significa a busca e manutenção de comportamento metódico, determinado e favorável ao aprimoramento da consciência interessada em evoluir.
            Não é a simples obediência a regras ou regulamentos estabelecidos por outrem, mas a autoprescrição que a consciência pesquisadora se dá e que envolve, por exemplo, a escolha de novos hábitos, aplicação de técnicas e desenvolvimento de estratégias para a própria reeducação e conquista de patamares evolutivos mais avançados.
            Sem disciplina, como aplicar técnicas e/estratégias sistemáticas, comparativas e avaliativas do desenvolvimento pessoal? Como levar adiante experimentos pessoais, com registros, que permitam a análise e avaliação dos procedimentos escolhidos? Como ter o continuísmo essencial para a verificação dos avanços pessoais?
            A autodisciplina é a capacidade de se impor disciplina. Isso implica em se ter alguns nutrientes básicos, a exemplo, da motivação e da vontade para realizar mudanças concretas em si mesmo porque todo esforço pessoal rumo à evolução consiste de 1% de teoria e 99% de prática. Ter em mente o que motiva as ações e saber aonde se quer chegar para poder aplicar a vontade na direção e alcance dos objetivos pessoais, sem esmorecer.
            Renovar a cada dia o compromisso pessoal estabelecido com a própria evolução, mantendo-se alerta para qualquer processo, por mais sutil que ele seja, de autossabotagem, autoengano ou autotraição.
            A realização dos objetivos irá demonstrar para a própria consciência o seu nível de coerência pessoal, a sua capacidade de poder agir de acordo com as informações e condições de que já desfruta, sem procrastinações que retardam a dinamização de sua evolução.
            A aplicação da disciplina no cotidiano é uma estratégia autoassistencial, instrumento evolutivo, e a evolução pessoal objetiva a qualificação da capacidade de realizar assistência. Assistir a si mesmo para ter mais condições de assistir aos outros e poder atuar com discernimento em prol da evolução de todos.

Leuzene Salgues, é pedagoga, pesquisadora e voluntária da Intercampi.

Fonte: Site da Intercampi, postado em 10/Dezembro de 2009.
http://intercampi.org/2009/12/10/artigo-disciplina-instrumento-evolutivo-da-consciencia/

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