Leuzene Salgues
Na autopesquisa a consciência investiga as
desorganizações pessoais em suas manifestações, ou seja, a falta de saúde em
seus corpos físico, energético, emocional e/ou mental. Nesse processo de
investigação, o(a) pesquisador(a) pode identificar e diagnosticar os aspectos
holossomáticos que não podem mais ser negligenciados.
O holossoma é constituído pelo conjunto dos vários
veículos de manifestação da consciência, sendo eles: soma (corpo físico),
energossoma (corpo energético), psicossoma (corpo emocional) e mentalsoma
(corpo mental).
Em relação ao soma ou corpo físico é possível
identificar, por exemplo, excesso de peso, sedentarismo, problemas
odontológicos, ortopédicos, taxas hormonais alteradas, etc. No corpo energético
ou energossoma pode ocorrer a falta de domínio das energias, bloqueios ou
descompensações nos chacras, centros energéticos, ou falta de autodefesa
energética. No corpo emocional ou psicossoma, a identificação dos destemperos,
rompantes, baixa ou falta de autoestima, mágoas, ressentimentos, desequilíbrios
emocionais sutis ou exacerbados. No corpo mental ou mentalsoma, é possível
perceber as alterações de memória, atenção, raciocínio, discernimento, juízo
crítico, monoideísmo (ideia fixa), entre outros.
O diagnóstico proporciona a avaliação e escolha das
estratégias de autoenfrentamento para superação das dificuldades e conquista
das necessidades pessoais. Nesse processo de reeducação é imperativo ter
auto-organização e definição das prioridades, sendo fundamental a disciplina
para levar adiante cada etapa definida.
A disciplina é essencial para a evolução da consciência.
Significa a busca e manutenção de comportamento metódico, determinado e
favorável ao aprimoramento da consciência interessada em evoluir.
Não é a simples obediência a regras ou regulamentos
estabelecidos por outrem, mas a autoprescrição que a consciência pesquisadora
se dá e que envolve, por exemplo, a escolha de novos hábitos, aplicação de
técnicas e desenvolvimento de estratégias para a própria reeducação e conquista
de patamares evolutivos mais avançados.
Sem disciplina, como aplicar técnicas e/estratégias
sistemáticas, comparativas e avaliativas do desenvolvimento pessoal? Como levar
adiante experimentos pessoais, com registros, que permitam a análise e
avaliação dos procedimentos escolhidos? Como ter o continuísmo essencial para a
verificação dos avanços pessoais?
A autodisciplina é a capacidade de se impor disciplina.
Isso implica em se ter alguns nutrientes básicos, a exemplo, da motivação e da
vontade para realizar mudanças concretas em si mesmo porque todo esforço
pessoal rumo à evolução consiste de 1% de teoria e 99% de prática. Ter em mente o que motiva as ações e
saber aonde se quer chegar para poder aplicar a vontade na direção e alcance
dos objetivos pessoais, sem esmorecer.
Renovar a cada dia o compromisso pessoal estabelecido com
a própria evolução, mantendo-se alerta para qualquer processo, por mais sutil
que ele seja, de autossabotagem, autoengano ou autotraição.
A realização dos objetivos irá demonstrar para a própria
consciência o seu nível de coerência pessoal, a sua capacidade de poder agir de
acordo com as informações e condições de que já desfruta, sem procrastinações
que retardam a dinamização de sua evolução.
A aplicação da disciplina no cotidiano é uma estratégia
autoassistencial, instrumento evolutivo, e a evolução pessoal objetiva a
qualificação da capacidade de realizar assistência. Assistir a si mesmo para
ter mais condições de assistir aos outros e poder atuar com discernimento em
prol da evolução de todos.
Leuzene Salgues, é
pedagoga, pesquisadora e voluntária da Intercampi.
Fonte: Site da Intercampi,
postado em 10/Dezembro de 2009.
http://intercampi.org/2009/12/10/artigo-disciplina-instrumento-evolutivo-da-consciencia/
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