domingo, 6 de janeiro de 2013

Professor Conscienciólogo


Andréa Nascimento
            Neste início de século XXI, no que diz respeito à Educação, ou seja, ao processo educacional da humanidade, está cada dia mais delicado. As exigências no mercado econômico – financeiro está aumentando e cada vez mais acompanhar as mudanças que ocorrem no plano mundial, torna-se também, mais difícil pelo fato de a informação ser dada de maneira tão rápida e mutável que fica impossível de acompanhá-la.
            À informação nos dias atuais, principalmente, aquela que ajuda no processo de formação profissional está se tornando um valioso objeto de venda para os empreendedores que lidam com o mercado de desenvolvimento do profissionalismo. Neste sentido, os mesmos procuram oferecer uma mercadoria considerada de qualidade e trabalham no investimento de informação de ponta para assim atender a demanda das empresas e instituições que esperam do seu futuro funcionário um profissional que atenda aos requisitos da economia e mercado mundial.
            Não distante deste contexto de exigências, encontra-se o professor. Um profissional que trabalha basicamente com a construção do pensamento. Seja a informação que for este profissional tem o dever de qualificá-la e assim, entregar a sociedade um cidadão crítico, reflexivo e autônomo. Isto é, um cidadão ativo e transformador para um mundo melhor, onde, o respeito à vida (humana, animal, vegetal) sejam valorizadas e assim, possa encontrar melhores meios de convivência na humanidade.
            No entanto, o professor se depara com inúmeras dificuldades que vão desde a desvalorização salarial e profissional, o surgimento de doenças, a falta de suporte afetivo e cognitivo, bem como a injustiça político e social de não poder acompanhar as mudanças, ficando a margem do processo de formação pela falta de recursos metodológicos, tecnológicos e informacionais.
            A inserção no processo formativo contribui para a qualificação dos profissionais da educação, tanto no atendimento a um mundo globalizado, com exigências mundiais, bem como no desenvolvimento de uma formação pautada em valores humanos, de respeito à vida e a dignidade.
            Neste contexto de desigualdades surge a proposta de um novo profissional da educação: o professor conscienciólogo, ou seja, o professor que estuda a si mesmo enquanto consciência e ajuda na evolução e construção do pensamento das outras consciências. Este professor tem na sua filosofia política a formação do cidadão para o Cosmos, ou seja, o cidadão que transcende a visão intrafísica e se depara com a experiência e vivência extrafísica, a interação assistencial na multidimensionalidade sendo ela maxifraterna, cosmoética (ética do Cosmos) e universalista.
            Para tanto, este educador se forma continuamente no intuito de desenvolver em si mesmo esses valores conscienciais, fazendo uso da informação de ponta da ciência Conscienciologia. As informações não se encontram apenas fora de si, vindo de fora, das exigências do mercado mundial; elas são fruto de autopesquisas compartilhadas que se complementam com as experiências pessoais, histórias de vida, experimentos multidimensionais, pesquisas de suas ações da consciência por onde ela se manifesta.
            Neste sentido, antes de ser professor este educador é uma consciência autopesquisadora que traz uma bagagem riquíssima de sua holobiografia, com potencialidades desenvolvidas em experiências pretéritas, nas várias existências anteriores, que compõem a sua autoformação profissional. Esses traços maduros, aspectos desenvolvidos, contribuem para a reeducação das próprias imaturidades do auto-investigador em seu processo de reeducação e amadurecimento consciencial.
            O professor conscienciólogo é o tarefeiro do esclarecimento, trabalha para esclarecer as consciências em qualquer dimensão em que elas se encontrem. Ele tem a responsabilidade com a teática (teoria e prática) da informação que divulga e, portanto, necessita investir continuamente no autodidatismo, autoformação continuada, seja em cursos de aprofundamentos temáticos, leituras especializadas e, principalmente, vivências e experimentos pessoais, estando disponível para ser assistido bem como para qualificar sua assistência multidimensional às consciências.

Andréa Nascimento é pedagoga, pesquisadora e voluntária da Intercampi.

Fonte: Site da Intercampi postado em 22/outubro de 2009.

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