Andréa
Nascimento
Neste início de século XXI, no que diz respeito à
Educação, ou seja, ao processo educacional da humanidade, está cada dia mais
delicado. As exigências no mercado econômico – financeiro está aumentando e
cada vez mais acompanhar as mudanças que ocorrem no plano mundial, torna-se
também, mais difícil pelo fato de a informação ser dada de maneira tão rápida e
mutável que fica impossível de acompanhá-la.
À informação nos dias atuais, principalmente, aquela que
ajuda no processo de formação profissional está se tornando um valioso objeto
de venda para os empreendedores que lidam com o mercado de desenvolvimento do
profissionalismo. Neste sentido, os mesmos procuram oferecer uma mercadoria
considerada de qualidade e trabalham no investimento de informação de ponta
para assim atender a demanda das empresas e instituições que esperam do seu
futuro funcionário um profissional que atenda aos requisitos da economia e
mercado mundial.
Não distante deste contexto de exigências, encontra-se o
professor. Um profissional que trabalha basicamente com a construção do
pensamento. Seja a informação que for este profissional tem o dever de
qualificá-la e assim, entregar a sociedade um cidadão crítico, reflexivo e
autônomo. Isto é, um cidadão ativo e transformador para um mundo melhor, onde,
o respeito à vida (humana, animal, vegetal) sejam valorizadas e assim, possa
encontrar melhores meios de convivência na humanidade.
No entanto, o professor se depara com inúmeras
dificuldades que vão desde a desvalorização salarial e profissional, o
surgimento de doenças, a falta de suporte afetivo e cognitivo, bem como a
injustiça político e social de não poder acompanhar as mudanças, ficando a
margem do processo de formação pela falta de recursos metodológicos,
tecnológicos e informacionais.
A inserção no processo formativo contribui para a
qualificação dos profissionais da educação, tanto no atendimento a um mundo
globalizado, com exigências mundiais, bem como no desenvolvimento de uma
formação pautada em valores humanos, de respeito à vida e a dignidade.
Neste contexto de desigualdades surge a proposta de um
novo profissional da educação: o professor conscienciólogo, ou seja, o
professor que estuda a si mesmo enquanto consciência e ajuda na evolução e
construção do pensamento das outras consciências. Este professor tem na sua
filosofia política a formação do cidadão para o Cosmos, ou seja, o cidadão que
transcende a visão intrafísica e se depara com a experiência e vivência
extrafísica, a interação assistencial na multidimensionalidade sendo ela
maxifraterna, cosmoética (ética do Cosmos) e universalista.
Para tanto, este educador se forma continuamente no
intuito de desenvolver em si mesmo esses valores conscienciais, fazendo uso da
informação de ponta da ciência Conscienciologia. As informações não se
encontram apenas fora de si, vindo de fora, das exigências do mercado mundial;
elas são fruto de autopesquisas compartilhadas que se complementam com as
experiências pessoais, histórias de vida, experimentos multidimensionais,
pesquisas de suas ações da consciência por onde ela se manifesta.
Neste sentido, antes de ser professor este educador é uma
consciência autopesquisadora que traz uma bagagem riquíssima de sua
holobiografia, com potencialidades desenvolvidas em experiências pretéritas,
nas várias existências anteriores, que compõem a sua autoformação profissional.
Esses traços maduros, aspectos desenvolvidos, contribuem para a reeducação das
próprias imaturidades do auto-investigador em seu processo de reeducação e
amadurecimento consciencial.
O professor conscienciólogo é o tarefeiro do
esclarecimento, trabalha para esclarecer as consciências em qualquer dimensão
em que elas se encontrem. Ele tem a responsabilidade com a teática (teoria e prática)
da informação que divulga e, portanto, necessita investir continuamente no
autodidatismo, autoformação continuada, seja em cursos de aprofundamentos
temáticos, leituras especializadas e, principalmente, vivências e experimentos
pessoais, estando disponível para ser assistido bem como para qualificar sua
assistência multidimensional às consciências.
Andréa Nascimento é
pedagoga, pesquisadora e voluntária da Intercampi.
Fonte: Site da Intercampi
postado em 22/outubro de 2009.
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