Pedro Borges *
A maioria das pessoas em nossa
sociedade não sabe realmente praticar a assistencialidade. Muitos agem em um
oculto sistema de permuta. Poucos dão genuinamente algo sem receber nada em
troca – dinheiro, apreço, amor ou o que quer que seja.
Você pode se perguntar: “O que há de
errado em receber de volta?” A resposta é: nada. No entanto, se todo o seu
“dar” tem relação com “receber”, é mais provável que a pergunta logo mude para:
“Estou recebendo o bastante?”
O autêntico ato de ajudar, além de
altruístico, faz com que a pessoa se sinta melhor. Então, por que o achamos tão
difícil e este é tão pouco praticado? Em primeiro lugar, para prestar
assistência é necessário ter maturidade e cooperação, enquanto na realidade, a
maioria de nós ainda não possui amadurecimento consciencial. Em segundo, a
assistencialidade é uma habilidade adquirida em que poucos de nós têm perícia.
Esses elementos estão ligados entre si e sua obtenção exige muita prática.
Ao observar o mundo animal,
percebemos que o bebê da espécie humana é o que possui maior nível de
dependência dos pais para o seu desenvolvimento. À medida que os anos passam,
atuamos cada vez mais como seres independentes, ou assim parecemos Contudo,
parece haver uma parte de nós que jamais ultrapassa o berço. O medo de que
ninguém venha mitigar nossa fome de comida, dinheiro, amor e elogio nos tornam
incapazes de retribuir ou doar verdadeiramente. Agimos como manipuladores,
porque nossa sobrevivência está em questão. Como conseqüência, nos acostumamos
que a menos que recebamos algo em troca, sentimo-nos usados.
Se estivermos sempre esperando algo,
passaremos grande parte da vida decepcionados com o fato de o mundo não nos
tratar do modo como queremos. Porém, ao auxiliar com uma atitude de amor, sem
ansiar algo em troca, geralmente recebemos mais do que poderíamos imaginar. Não
podemos esperar até que tenhamos em abundância para doar, pois só nos
sentiremos assim à medida que doamos, não antes!
Nesse sentido, o voluntariado é um
laboratório otimizado para a ampliação de nossa capacidade doadora. No trabalho
como voluntários, vontade e intencionalidade, aliadas ao discernimento, são os
principais qualificadores da assistência prestada aos nossos semelhantes nesta
caminhada evolutiva.
Ao qualificar nossa ajuda, percebemos
que aquelas pessoas que voluntariam por obrigação, geralmente estão querendo
mostrar aos outros quão “boas” elas são. Não quer dizer que essas pessoas não
possam ser úteis, contudo, o ego sempre fica no meio do caminho.
Comparativamente, aquela pessoa que reconhece sua importância, ou simplesmente
age como se fosse importante para o grupo, trabalha com alegria, pois sabe que
é útil e faz tudo o que lhe é exigido, por mais servil que possa parecer, e
aplica-se a ser pontual e jamais deixar de comparecer quando é esperada. Dessa
maneira, mostra-se sensível às necessidades grupais e raramente fala sobre o
que realiza, pois apenas age e está ali presente, silenciosa, mas segura.
Através do exemplo pessoal,
invertemos nossa relação com as expectativas cobradas do mundo e saímos de uma
posição de vítima para a condição de agentes transformadores da realidade. Ao
compreender a nossa própria importância dentro do grupo e valorizá-la,
aumentamos nossa capacidade de crescer como seres humanos interdependentes.
Há vários tipos de trabalho
voluntário em diversas frentes assistenciais. Aos interessados em iniciar algum
tipo de voluntariado, basta pesquisar no site http://www.voluntarios.com.br/. A
título de exemplo, o IIPC – Instituto Internacional de Projeciologia e
Conscienciologia, é uma instituição de educação e pesquisa, sem fins
lucrativos, pacifista e laica, que completa neste ano o seu Jubileu de Prata
(25 anos desde sua fundação). Tendo como base o vínculo consciencial através do
trabalho voluntário, sua finalidade é esclarecer sobre a realidade
multidimensional da existência humana, ofertando aos cidadãos ferramentas para
desenvolvimento da autopesquisa, interassistência e parapsiquismo lúcido.
E você: com relação ao voluntariado,
já bota a mão na massa na qualidade de colaborador? Caso afirmativo, toma qual
destas 4 posturas: não veste a camisa (falso colaborador); veste a camisa;
arregaça as mangas; ou sua a camisa, mantendo o espírito de equipe?
* Pedro Borges é
representante comercial e estudante de Psicologia, graduado em Música com
habilitação em violão, pesquisador, docente e voluntário do Instituto
Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC) que é uma instituição
de educação e pesquisa científica, pacifista, laica, universalista, sem fins de
lucro, não doutrinária e independente, que se destaca pela excelência em cursos
e publicações técnico-científicas sobre as ciências Projeciologia e
Conscienciologia. Participe das palestras públicas gratuitas as quintas, das
19h30 às 21h30, e aos sábados, das 14h30 às 16h30. Informe-se pelo telefone
3233.5736 ou pelo nosso site: www.iipc.org.
Fonte: Site jornal indústria e comércio acesso em 28/08/13 as 23:27.
http://www.ejornais.com.br/jornal_industria_e_comercio.html
Fonte: Site jornal indústria e comércio acesso em 28/08/13 as 23:27.
http://www.ejornais.com.br/jornal_industria_e_comercio.html
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