sábado, 28 de setembro de 2013

Ignorância ignorada

William Nascimento

            Antes de existir a ciência, em uma época escassa de recursos tecnológicos, quando ainda pouco se sabia sobre o funcionamento das coisas, mesmo nestas épocas de maior ignorância, já havia pessoas que se preocupavam com o conhecimento. Na Antiguidade Clássica, havia um homem muito sábio, sabia que havia muito para saber, uma de suas máximas é até hoje muito divulgado nos cursos de Filosofia, seu nome é Sócrates (470-399 a.C) e o mesmo dizia, "só sei que nada sei". Só o fato de saber isto, o colocou em vantagem sobre os demais, ele ficou conhecido por ser um grande questionador, perguntava sobre tudo. Por outro lado também surgiu homens que se diziam eruditos competentes. Pico della Mirandola (1463-1494) aos 23 anos de idade dizia poder confrontar qualquer estudioso numa disputa pública.   
            Ambas as personalidades nos deixaram importantes lições, a de saber perguntar e a de saber responder. Quem não admite que existe lacunas no conhecimento pessoal, acaba iludindo a si próprio, se apega as próprias convicções irrefutáveis e desconsidera que sempre é possível crescer em aquisições cognitivas, e com isto deixa de progredir, de evoluir, esta condição é chamada de ignorância ignorada. 
            Esta condição serve também para mostrar que não se pode saber tudo, ninguém é dono da verdade, pensar ser um sabichão é enganar a si mesmo. É importante admitir as próprias limitações de conhecimento, mas não podemos ficar na zona de conforto, nem ter preguiça de suprir as falhas e lacunas da própria ignorância. Os novos conhecimentos confirmam ou refutam, e ainda expandem as velhas informações, substituí os velhos conceitos por novos conceitos.
            É preciso substituir o velho pelo novo, é assim a dinâmica da vida, deixar de lado o apriorismo, dogmatismo, a passividade intelectual, a reprodução do senso comum, as repetições desnecessárias, o medo da novidade e a insegurança intelectual. E colocar no lugar o autodidatismo, a renovação, a pró atividade intelectual, a curiosidade, e a descrença.
            A Conscienciologia incentiva a busca pelo estudo e a pesquisa, dá ênfase também no auto-conhecimento, através de auto-pesquisa, mas vai além fornecendo métodos e técnicas para a experimentação pessoal. A experimentação que se aplica a vivência em dimensões não materiais, através da experiência fora do corpo (projeção consciente), a experiência de parapsíquismo através do desenvolvimento técnico da auto-paraperceptibilidade,  a experiência do manejo com as próprias bioenergias pessoais.
            O leitor interessado em saber mais do que teorias mas também práticas parapsíquicas, está convidado a participar de nossas palestras públicas gratuitas no IIPC, as palestras são realizadas todas as quintas, das 19:30 as 21:30. Aos sábados das 14:30 as 16:30. O IIPC está localizado na rua Visconde de Nácar, 1505 - 9◦ andar, no centro de Curitiba.

Referências bibliográficas
1. DOREN, C.V. Uma breve história do conhecimento. 1° ed. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2012. 477 p.
2. VIEIRA, Waldo; Enciclopédia da Conscienciologia; CD-ROM; 5.272 Páginas; 1.365 verbetes; 234 especialidades; 5◦ Ed.; Associação Internacional Editares; Associação Internacionalde Comunicação Conscienciológica (COMUNICONS); & Associação Internacional de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC); Foz do Iguaçu. PR; 2009; Verbete consultado: Ignorância ignorada.


            William Nascimento é técnico em Enfermagem, estudante de Psicologia e pesquisador da Conscienciologia.

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