Marta Helena Fuchs
A
capacidade que temos de conhecer o mundo decorre da percepção pessoal da
realidade que é diferente em cada um de nós.
A
percepção pessoal da realidade engloba toda nossa maneira de ver e sentir o
mundo e só essa realidade ( única para nós ) nos interessa. Engloba também não
só a concepção que temos das coisas que estão fora da gente, como fatos,
eventos, objetos, pessoas,etc, mas também os conceitos que cultivamos dentro de
nós, nossas escalas de valores, conflitos e complexos.
Há
também o material interno ou intra-psíquico que inclui a imagem que nós temos
de mesmos, ou seja, inclui nossa autoestima que pode ser negativa ou positiva,
de acordo com a bagagem emocional de cada indivíduo.
A
ideia pode, por si só, ser um estímulo agressivo e causador de ansiedade, caso
seja uma ideia negativa e que nos perturba constantemente. Esta
ansiedade pode ser de natureza mais ou menos traumática, ou seja, mais
estressante ou menos estressante, dependendo da conotação a ela atribuída pela
sensibilidade de cada um.
O
risco de exposição a traumas tem feito parte da condição humana desde a
evolução da espécie. Atualmente a exposição urbana, as agressões interpessoais
do cotidiano em todas as esferas, os prejuízos determinados pelos acidentes da
vida em sociedade e tanto outros fatores geradores de perturbações têm
crescido, registrando um aumento de casos emocionais, depressivos e traumáticos,
todos ligados à ansiedade. São transtornos emocionais desencadeados pelo
esforço adaptativo do indivíduo ao seu meio e, quanto mais hostil for esse
meio, maiores as probabilidades desses transtornos.
Assim
sendo, o meio ambiente fornece os elementos para o surgimento das ansiedades
que vão gerar desafios constantes, necessários, quando estimulados
e quando nos obrigam a tomar atitudes, a definir posições, a fazer
escolha. São, pois, estimulantes e geradores de uma forma benigna e saudável do
estresse, denominada eutresse.
Porém,
quando a manifestação é em demasia diante de qualquer estímulo estressante , a
ansiedade gerada torna-se alta nas funções e no desempenho de alguns órgãos.
Esta aspecto é o distresse.
Os
componentes que potencializam o estresse leve, rotineiro, que impulsiona a
pessoa a agir em alguma direção, pode originar desequilíbrios emotivos e
físicos, proporcionando a sensação prevalente de que não se consegue ter
domínio do contexto e dos fatos. A Paragnética, arquivo pessoal, construído ao
longo das vidas, muitas vezes é a responsável por essa condição. A reciclagem
intraconsciencial no intuito de mudança, tanto no caso de avaliar os estímulos
considerados a priori negativos e a conduta frente a eles é a proposta da
ciência Conscienciologia.
Reciclar é necessário.
A
Genética contribui com nossa forma de sentir e agir através do exemplarismo. A
conduta de pais, irmãos ou parentes mais velhos, muitas vezes, é copiada e a
forma como eles agem e reagem termina sendo utilizada como saída para situações
vivenciadas.
A
hereditariedade, portanto, é a herança genética que recebemos de nossos
antepassados, seja ela, características físicas como doenças,
comportamentos e até mesmo o modo como analisamos e avaliamos os fatos.
A
bagagem genética é o conteúdo fisiológico decorrente das informações
provenientes do pai, da mãe e ascendentes.
A
Paragenética é o conteúdo de aprendizados decorrentes de vidas
anteriores (conteúdo parafisiológico). Representa todo o
conhecimento e sabedoria que adquirimos durante todas as nossas vidas passadas;
traz suas principais características como o caráter, a honestidade, a ética, a
inteligência, as vocações, os talentos e habilidades ; tem relação com as características
que a consciência armazenou através das experiências em outras vidas e durante
o período intermissivo, e que se manifestam na atual existência em
concomitância à Genética.
Ela
pode se manifestar mediante talentos, potencialidades, valores, inclinações e
atributos conscienciais desenvolvidos ao longo de múltiplas seriéxis. E
também através das ideias inatas que o indivíduo apresenta espontaneamente
desde a infância.
Pode
ser a origem tanto de traços positivos quanto de tendências
negativas ( trafores e trafares ) da consciência ou predisposições a
distúrbios holossomáticos que influenciarão na consciência em diferentes graus,
dependendo do nível evolutivo e maturidade integral, conquistados nas múltiplas
existências.
É
importante a autoconscientização e análise de fatores genéticos (não só traços
físicos mas de personalidade herdados biologicamente dos pais), dos mesológicos
( época, ambiente, cultura, educação, família ) e dos paragenéticos (herança da
consciência ligadas ao mentalsoma e psicossoma) já que esses componentes se
interligam de forma complexa.
As
situações estressantes tendo como fator precipitante o meio vão afetar as
pessoas de forma variada devido a vulnerabilidades intrínsecas de cada um.
Assim
sendo, o ambiente surte efeitos diferentes de acordo com as capacidades ou
qualidades da consciência. Nesta interação a consciência age
ou impondo sua resistência inata ou mostrando sua
vulnerabilidade de acordo com a bagagem própria que cada uma traz consigo.
A
presença de fatores genéticos e paragenéticos, preexistentes ou adquiridos, em
conjunto com a resistência do indivíduo e à exposição a estressores determinam
o surgimento de doenças físicas e psicológicas. Quanto maior a predisposição,
menor será o nível tolerado de estresse, antes do surgimento da doença.
A
Genética e a Paragenética sendo sadias e fortes podem vencer o meio por mais
hostil que seja.
Prova
disso são os exemplos de pessoas que viviam em situações as mais adversas e
conseguiram vencer todas estas barreiras, adquirindo condições de mudar o rumo
daquilo que parecia impossível e imutável. Saíram do meio hostil e
de adversidades para mostrarem outra realidade de desenvolvimento, chegando a
alcançar, através do esforço e estudo, dignidade e prestígio e servindo de
exemplo a ser seguido.
As
crianças são mais suscetíveis ao aparecimento e desenvolvimento do estresse,
principalmente na faixa etária até os sete anos.
Inicialmente
porque o processo do esquecimento de existências de vidas anteriores, que é uma
das consequências da ressoma, não é absoluto, principalmente, nos primeiros
anos de vida intrafísica da consciência. Assim, as crianças possuem maior
predisposição às retrocognições.
Outro
fator é a existência de menor condicionamentos culturais e religiosos na
consciência recém ressomada, mantendo laços menos rígidos com o soma. Tudo isso
oferece muita facilidade de efetuarem conexões de situações estressantes atuais
que o meio oferece com as experiências vivenciadas anteriormente em outras
vidas, já que o processo do esquecimento da ressoma ainda não foi concluído
totalmente nesta idade.
Também
deve-se levar em conta que o desenvolvimento biológico, afetivo, psíquico e
social das crianças neste período ainda está em fase de reciclagem e de
desenvolvimento, não sendo capazes de vencerem as constantes adversidades e
desafios que são bombardeados diuturnamente no convívio com os
elementos e situações dos grupos a que pertencem, principalmente,
a família e a escola.
Marta Helena Fuchs é Professora, com
Curso de Letras-Clássicas (UFRGS) e Pós-Graduação em Administração Escolar
(FAPA). Lecionou durante 29 anos nos municípios de Porto Alegre e Canoas para
pré-adolescentes, adolescentes e adultos.
FONTES DE CONSULTA
Verbete Eutresse-Enciclopédia
da Conscienciologia
Fonte: Site da Evolucin acessado em 01/09/13 as 14:50.
http://www.evolucin.com.br/mesologia.html
Fonte: Site da Evolucin acessado em 01/09/13 as 14:50.
http://www.evolucin.com.br/mesologia.html
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