Sônia
Batista
O que é interassistencialidade?
O prefixo “inter” quer dizer “no interior de dois, entre, no espaço
de”, o vocábulo assistência, “ajuda, socorro”, e o sufixo “dade”
remete à qualificação da ação. A junção desses termos originados do Latim
sugere que a interassistencialidade é a vivência do auxílio entre as
pessoas, a troca de atenção desinteressada, o saber dar e o saber receber. Esse
tema é relevante para a convivência humana por instituir o diálogo entre os
diferentes, promover a tolerância, exercitar a solidariedade, estabelecer
relações respeitosas, aprimorar a preocupação com o outro.
Na opinião da autora, os livros de
psicologia, autoajuda e religião tratam desse assunto de forma incompleta, por
estudarem o ser humano na ótica do paradigma convencional. Essa constatação
deve-se à comparação com estudos realizados na Enciclopédia da
Conscienciologia, onde a consciência é pesquisada com maior detalhamento,
admitindo os quatro corpos interagindo entre dimensões, evoluindo através do
autoconhecimento contínuo, motivada para aceitar posturas cosmoéticas (ética
universal) e vivenciando a interassistencialidade, experiência desafiadora para
os que se interessam pela evolução.
Qual é o propósito da interassistencialidade?
O objetivo da interassistencialidade é compartilhar o conhecimento para o
bem-estar geral, fazer o que for melhor para a maioria, adotar atitudes
universalistas, acolher a todos com fraternismo. Para a autora, essas
constatações só fizeram sentido após a compreensão do paradigma consciencial e
da dinâmica inteligente do processo evolutivo. Essas informações comumente
geram incômodos intraconscienciais ou crise positiva de crescimento, estimulam
à autopesquisa, proporcionam a autoconscientização das intenções e motivações,
provocam o autoenfrentamento, incentivam a saída da zona de conforto para abrir
mão de imaturidades emocionais e de ganhos secundários, que são obstáculos à
prática da assistencialidade cosmoética plena.
A aplicação da técnica de reciclagem
intraconsciencial (RECIN), ou transformação de valores pessoais ultrapassados,
tem facilitado à autora a interiorização do conceito da interassistencialidade.
Não há como aprofundar a pesquisa desse tema sem a compreensão do universo
íntimo, a identificação dos talentos conscienciais mais desenvolvidos
(TRAFORES), a superação de manifestações egóicas (TRAFARES) e o desenvolvimento
das capacidades faltantes às exigências evolutivas (TRAFAIS). O autoconhecimento
é o primeiro passo para a identificação dos limites das potencialidades
conscienciais, e, a partir da assimilação dessa informação, edifica-se a base
para o entendimento do outro e o exercício da empatia para ouvir e interagir.
Para algumas pessoas é a partir desse movimento interno, proativo, que o outro
deixa de ser visto como adversário e passa a ser considerado companheiro
evolutivo, este é o ponto da viragem qualitativa, da mudança de patamar na
caminhada evolutiva.
Quais as situações propícias à interassistencialidade?
Todos carecem de assistência, portanto, em qualquer atividade ou
relacionamento, sempre haverá a oportunidade de assistir. A cooperação mútua
independe de ambiente, circunstância, momento, grupocarma, bens materiais,
desenvoltura intelectual ou nível evolutivo. A vivência da assistência tem
demonstrado que há alternância na posição entre os envolvidos, ora se é
assistente, ora se é assistido. Observa-se que a conscin pode assumir
simultaneamente a função de professor ou aluno, de mais doente ou menos doente,
por isso a atitude mais inteligente é quem sabe ensina, quem pode mais
auxilia a quem pode menos.
Através do apoio recíproco e
constante entre as consciências é que são estabelecidas as condições adequadas
para amenizar a animosidade, ódio, rancor, competição, medo, que são as raízes
de vínculos patológicos. O apoio cosmoético pode elevar a afabilidade, a
benevolência, a paciência, a fraternidade, o amor universal, que são as bases
de vínculos homeostáticos. Disponibilizar-se ao outro suscita sentimentos mais
nobres, acalma a mente, formam-se novas sinapses que fortalecerão a RECIN e a
evolução.
Como se vivencia a
interassistencialidade? Para ampliar a reflexão sobre a dinâmica
interassistencial, convém introduzir outros dois conceitos da Conscienciologia,
o da tarefa da consolação (TACON) e o da tarefa do esclarecimento (TARES). A
TACON é milenar, a mais exercida, portanto entendida. A TARES é recente, exige
mais conhecimento e pode ser mal interpretada. Essa reação ocorre provavelmente
porque a TARES implica na explicação sobre a realidade da consciência à luz do
paradigma consciencial. A diferença principal entre essas duas técnicas é o
nível de lucidez, perspicácia ou clareza dos sentidos e percepções da pessoa
que faz a assistência.
A TACON pode ser entendida como o
curso pré-maternal, acessível a qualquer pessoa que tenha a intenção de ajudar
o outro, embora com pouca lucidez para compreender o significado da
interassistencialidade. Caracteriza-se pelo assistencialismo (dá a esmola), o
consolo (enxuga as lágrimas), a credulidade (tem fé), a dependência (dá o
peixe), o fazer média (diz mais o sim). A TARES pode ser comparada ao curso de
pós-graduação, aberto à conscin com maior lucidez, com acuidade para o que é
relevante. Distingue-se pela assistência qualificada (proporciona a
reeducação), o esclarecimento (dá a informação cosmoética), a
autoexperimentação (testa antes de aceitar), a independência (ensina a pescar),
a despreocupação em fazer média (diz mais o não).
A prática da interassistencialidade
por meio da TARES impulsiona a conscin ao processo gradativo e progressivo de
amadurecimento e transformação, mantendo-a no bem-estar do fluxo evolutivo.
Essa dinâmica consolida-se pelo autoconhecimento, a relativa autonomia nas escolhas
e o despertar para a responsabilidade assistencial. Diante do exposto, você,
leitor ou leitora, como se situa diante da interassistência? Reflita sobre essa
possibilidade e tenha a sua própria experiência.
Para
saber mais: http://www.tertuliaconscienciologia.org (aulas online diárias e
gratuitas).
Sônia
Batista, voluntária do INTERCAMPI em Recife
Fonte: Site da Intercampi, postada em
03/setembro de 2012.
http://intercampi.org/2012/09/03/interassistencialidade-por-que/
O objetivo da interassistencialidade e compartilhar o conhecimento para o bem esta em geral, fazer o q for melhor para a maoria,adotar atitudes universalistas,acolher a todos com fraternismo......
ResponderExcluirGostei muito do tema quero mais informações
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