segunda-feira, 13 de maio de 2013

Interassistencialidade, por quê?



Sônia Batista
            O que é interassistencialidade? O prefixo “inter” quer dizer “no interior de dois, entre, no espaço de”, o vocábulo assistência, “ajuda, socorro”, e o sufixo “dade” remete à qualificação da ação. A junção desses termos originados do Latim sugere que a interassistencialidade é a vivência do auxílio entre as pessoas, a troca de atenção desinteressada, o saber dar e o saber receber. Esse tema é relevante para a convivência humana por instituir o diálogo entre os diferentes, promover a tolerância, exercitar a solidariedade, estabelecer relações respeitosas, aprimorar a preocupação com o outro.
            Na opinião da autora, os livros de psicologia, autoajuda e religião tratam desse assunto de forma incompleta, por estudarem o ser humano na ótica do paradigma convencional. Essa constatação deve-se à comparação com estudos realizados na Enciclopédia da Conscienciologia, onde a consciência é pesquisada com maior detalhamento, admitindo os quatro corpos interagindo entre dimensões, evoluindo através do autoconhecimento contínuo, motivada para aceitar posturas cosmoéticas (ética universal) e vivenciando a interassistencialidade, experiência desafiadora para os que se interessam pela evolução.
            Qual é o propósito da interassistencialidade? O objetivo da interassistencialidade é compartilhar o conhecimento para o bem-estar geral, fazer o que for melhor para a maioria, adotar atitudes universalistas, acolher a todos com fraternismo. Para a autora, essas constatações só fizeram sentido após a compreensão do paradigma consciencial e da dinâmica inteligente do processo evolutivo. Essas informações comumente geram incômodos intraconscienciais ou crise positiva de crescimento, estimulam à autopesquisa, proporcionam a autoconscientização das intenções e motivações, provocam o autoenfrentamento, incentivam a saída da zona de conforto para abrir mão de imaturidades emocionais e de ganhos secundários, que são obstáculos à prática da assistencialidade cosmoética plena.
            A aplicação da técnica de reciclagem intraconsciencial (RECIN), ou transformação de valores pessoais ultrapassados, tem facilitado à autora a interiorização do conceito da interassistencialidade. Não há como aprofundar a pesquisa desse tema sem a compreensão do universo íntimo, a identificação dos talentos conscienciais mais desenvolvidos (TRAFORES), a superação de manifestações egóicas (TRAFARES) e o desenvolvimento das capacidades faltantes às exigências evolutivas (TRAFAIS). O autoconhecimento é o primeiro passo para a identificação dos limites das potencialidades conscienciais, e, a partir da assimilação dessa informação, edifica-se a base para o entendimento do outro e o exercício da empatia para ouvir e interagir. Para algumas pessoas é a partir desse movimento interno, proativo, que o outro deixa de ser visto como adversário e passa a ser considerado companheiro evolutivo, este é o ponto da viragem qualitativa, da mudança de patamar na caminhada evolutiva.
            Quais as situações propícias à interassistencialidade? Todos carecem de assistência, portanto, em qualquer atividade ou relacionamento, sempre haverá a oportunidade de assistir. A cooperação mútua independe de ambiente, circunstância, momento, grupocarma, bens materiais, desenvoltura intelectual ou nível evolutivo. A vivência da assistência tem demonstrado que há alternância na posição entre os envolvidos, ora se é assistente, ora se é assistido. Observa-se que a conscin pode assumir simultaneamente a função de professor ou aluno, de mais doente ou menos doente, por isso a atitude mais inteligente é quem sabe ensina, quem pode mais auxilia a quem pode menos.
            Através do apoio recíproco e constante entre as consciências é que são estabelecidas as condições adequadas para amenizar a animosidade, ódio, rancor, competição, medo, que são as raízes de vínculos patológicos. O apoio cosmoético pode elevar a afabilidade, a benevolência, a paciência, a fraternidade, o amor universal, que são as bases de vínculos homeostáticos. Disponibilizar-se ao outro suscita sentimentos mais nobres, acalma a mente, formam-se novas sinapses que fortalecerão a RECIN e a evolução.
            Como se vivencia a interassistencialidade? Para ampliar a reflexão sobre a dinâmica interassistencial, convém introduzir outros dois conceitos da Conscienciologia, o da tarefa da consolação (TACON) e o da tarefa do esclarecimento (TARES). A TACON é milenar, a mais exercida, portanto entendida. A TARES é recente, exige mais conhecimento e pode ser mal interpretada. Essa reação ocorre provavelmente porque a TARES implica na explicação sobre a realidade da consciência à luz do paradigma consciencial. A diferença principal entre essas duas técnicas é o nível de lucidez, perspicácia ou clareza dos sentidos e percepções da pessoa que faz a assistência.
            A TACON pode ser entendida como o curso pré-maternal, acessível a qualquer pessoa que tenha a intenção de ajudar o outro, embora com pouca lucidez para compreender o significado da interassistencialidade. Caracteriza-se pelo assistencialismo (dá a esmola), o consolo (enxuga as lágrimas), a credulidade (tem fé), a dependência (dá o peixe), o fazer média (diz mais o sim). A TARES pode ser comparada ao curso de pós-graduação, aberto à conscin com maior lucidez, com acuidade para o que é relevante. Distingue-se pela assistência qualificada (proporciona a reeducação), o esclarecimento (dá a informação cosmoética), a autoexperimentação (testa antes de aceitar), a independência (ensina a pescar), a despreocupação em fazer média (diz mais o não).
            A prática da interassistencialidade por meio da TARES impulsiona a conscin ao processo gradativo e progressivo de amadurecimento e transformação, mantendo-a no bem-estar do fluxo evolutivo. Essa dinâmica consolida-se pelo autoconhecimento, a relativa autonomia nas escolhas e o despertar para a responsabilidade assistencial. Diante do exposto, você, leitor ou leitora, como se situa diante da interassistência? Reflita sobre essa possibilidade e tenha a sua própria experiência.
Para saber mais: http://www.tertuliaconscienciologia.org (aulas online diárias e gratuitas).

Sônia Batista, voluntária do INTERCAMPI em Recife

Fonte: Site da Intercampi, postada em 03/setembro de 2012.
http://intercampi.org/2012/09/03/interassistencialidade-por-que/

2 comentários:

  1. O objetivo da interassistencialidade e compartilhar o conhecimento para o bem esta em geral, fazer o q for melhor para a maoria,adotar atitudes universalistas,acolher a todos com fraternismo......

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  2. Gostei muito do tema quero mais informações

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