quarta-feira, 21 de novembro de 2012

As imaturidades da riscomania

Diego Lopes
É cada vez mais comum observar no comportamento das pessoas atitudes que colocam suas vidas em risco, muitas vezes incentivadas e até legalizadas, mostrando a forte tendência à riscomania presente na sociedade.
Riscomania é a paixão da pessoa imatura por experiências em que ela coloca a própria vida em risco, seja pelo prazer de determinada emoção (adrenalina), pela necessidade de autoafirmação (baixa autoestima), ou pela sensação de estar cara a cara com a morte.
Independente de quais sejam os motivos, a riscomania é atitude imatura que tem origem no porão consciencial: conjunto de traços negativos relacionados às atitudes instintivas como agressividade e impulsividade, manifestadas com maior intensidade na juventude.
A riscomania, associada ao porão consciencial – período da adolescência em que traços instintivos vem a tona de modo mais intenso -  é fator desencadeante de problemas sociais, tal como o elevado percentual de jovens que morrem em acidentes de trânsito¹. O desejo de autoafirmar-se perante os outros através de atitudes riscomaníacas faz o jovem, notadamente do sexo masculino, exceder os limites de velocidade colocando a sua vida e a dos outros em risco.
Sabe-se que o número de homens nascidos é maior que o de mulheres, mas por volta dos 18 anos a proporção se inverte devido aos jovens do sexo masculino se arriscarem mais. A pessoa riscomaníaca não sabe utilizar seu corpo de maneira adequada, considerando em primeiro lugar a emoção, colocando a saúde em plano secundário.
Vários esportes amplamente divulgados na mídia, com nomes eufemistas como “esportes radicais” e “esportes de aventura”, colocam seus praticantes diante de riscos reais de morte ou danos sérios ao corpo, como o bungee jumping, rafiting e o alpinismo.
Outros esportes, mais populares e amplamente praticados também apresentam riscos aos atletas, como se verificou no caso dos ex-jogadores da liga de futebol americano que entraram com uma ação contra os organizadores da competição reclamando das inúmeras lesões contraídas devido aos constantes choques sofridos na cabeça². Problema semelhante foi levantado no cenário esportivo brasileiro devido ao aumento considerável de casos de lesões em cabeçadas ocorridas em partidas de futebol³.
Pela ótica da Conscienciologia, atividades ligadas à riscomania são secundárias e fruto de imaturidades. A Conscienciologia é a ciência que estuda a consciência de modo integral considerando todos os seus veículos de manifestação (holossoma), todas as suas vidas, anteriores e a atual, e todos os seus atributos, principalmente o parapsiquismo, que permite a vivência de experiências como a projeção consciente (experiência fora do corpo).
Os estudos da ciência Conscienciologia objetivam levar o indivíduo entender que ele é muito mais que um corpo físico, mas precisamos desse corpo em perfeito estado para cumprirmos o que planejamos fazer na atual vida, antes do nascimento físico. Para estarmos alinhados à nossa meta de vida, é importante investirmos nosso tempo em atividades prioritárias e buscarmos o lazer útil que não coloque a vida em risco. Cuidar e zelar pela saúde do corpo físico é sinal de responsabilidade. Colocá-lo em risco demonstra irresponsabilidade e descaso perante o que ainda temos a fazer nesta atual vida.
A pessoa interessada em aprofundar seus estudos conscienciológicos pode optar pela técnica da inversão existencial (invéxis), pela qual ele aplica todos os seus esforços no desenvolvimento prioritário de atividades promotoras da antecipação de conquistas evolutivas como o desenvolvimento do parapsiquismo, da intelectualidade e da comunicabilidade sadios. O inversor procura evitar os mesmos erros já cometidos por muitos jovens e adultos, por pura imaturidade. Para tanto, a necessidade de manter a higidez do corpo físico é prioridade do inversor, colocando a riscomania como atitude antagônica à Invéxis.
Você, leitor ou leitora, já considerou a possibilidade de perder a chance de exercer alguma tarefa libertária nesta vida devido ao risco de uma morte prematura?

Diego Lopes, graduado em jornalismo pela Universidade Positivo, em Curitiba, Paraná, é voluntário e docente-pesquisador do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia desde 2011. Mais informações pelo fone (41)3233-5736 ou pelo site www.iipc.org 

¹ Folha de São Paulo; Jovens respondem por metade das mortes no trânsito, 18.11.11, www.folha.uol.com.br, acessado em 25/02/2012.

² Portal Terra; "Te usam e te jogam fora", diz ex-jogador da NFL com dano cerebral, 25.12.11, www.esportes.terra.com.br, acessado em 25/02/2012.

³ Folha de São Paulo; Cabeçadas em jogos de futebol são cada vez mais graves, 25.06.10, www.folha.uol.com.br, acessado em 25/02/2012.

Fonte: Jornal indústria e comércio publicado em 13 de agosto 2012.

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