Diego
Lopes
É cada vez mais comum observar no comportamento das pessoas atitudes
que colocam suas vidas em risco, muitas vezes incentivadas e até legalizadas,
mostrando a forte tendência à riscomania presente na sociedade.
Riscomania é a paixão da pessoa imatura por experiências em que ela
coloca a própria vida em risco, seja pelo prazer de determinada emoção
(adrenalina), pela necessidade de autoafirmação (baixa autoestima), ou pela
sensação de estar cara a cara com a morte.
Independente de quais sejam os motivos, a riscomania é atitude imatura
que tem origem no porão consciencial: conjunto de traços negativos relacionados
às atitudes instintivas como agressividade e impulsividade, manifestadas com
maior intensidade na juventude.
A riscomania, associada ao porão consciencial – período da
adolescência em que traços instintivos vem a tona de modo mais intenso - é fator desencadeante de problemas sociais,
tal como o elevado percentual de jovens que morrem em acidentes de trânsito¹. O
desejo de autoafirmar-se perante os outros através de atitudes riscomaníacas
faz o jovem, notadamente do sexo masculino, exceder os limites de velocidade
colocando a sua vida e a dos outros em risco.
Sabe-se que o número de homens nascidos é maior que o de mulheres, mas
por volta dos 18 anos a proporção se inverte devido aos jovens do sexo
masculino se arriscarem mais. A pessoa riscomaníaca não sabe utilizar seu corpo
de maneira adequada, considerando em primeiro lugar a emoção, colocando a saúde
em plano secundário.
Vários esportes amplamente divulgados na mídia, com nomes eufemistas
como “esportes radicais” e “esportes de aventura”, colocam seus praticantes
diante de riscos reais de morte ou danos sérios ao corpo, como o bungee
jumping, rafiting e o alpinismo.
Outros esportes, mais populares e amplamente praticados também
apresentam riscos aos atletas, como se verificou no caso dos ex-jogadores da
liga de futebol americano que entraram com uma ação contra os organizadores da
competição reclamando das inúmeras lesões contraídas devido aos constantes
choques sofridos na cabeça². Problema semelhante foi levantado no cenário
esportivo brasileiro devido ao aumento considerável de casos de lesões em
cabeçadas ocorridas em partidas de futebol³.
Pela ótica da Conscienciologia, atividades ligadas à riscomania são
secundárias e fruto de imaturidades. A Conscienciologia é a ciência que estuda
a consciência de modo integral considerando todos os seus veículos de
manifestação (holossoma), todas as suas vidas, anteriores e a atual, e todos os
seus atributos, principalmente o parapsiquismo, que permite a vivência de
experiências como a projeção consciente (experiência fora do corpo).
Os estudos da ciência Conscienciologia objetivam levar o indivíduo
entender que ele é muito mais que um corpo físico, mas precisamos desse corpo
em perfeito estado para cumprirmos o que planejamos fazer na atual vida, antes
do nascimento físico. Para estarmos alinhados à nossa meta de vida, é
importante investirmos nosso tempo em atividades prioritárias e buscarmos o
lazer útil que não coloque a vida em risco. Cuidar e zelar pela saúde do corpo
físico é sinal de responsabilidade. Colocá-lo em risco demonstra
irresponsabilidade e descaso perante o que ainda temos a fazer nesta atual
vida.
A pessoa interessada em aprofundar seus estudos conscienciológicos
pode optar pela técnica da inversão existencial (invéxis), pela qual ele aplica
todos os seus esforços no desenvolvimento prioritário de atividades promotoras
da antecipação de conquistas evolutivas como o desenvolvimento do
parapsiquismo, da intelectualidade e da comunicabilidade sadios. O inversor
procura evitar os mesmos erros já cometidos por muitos jovens e adultos, por
pura imaturidade. Para tanto, a necessidade de manter a higidez do corpo físico
é prioridade do inversor, colocando a riscomania como atitude antagônica à
Invéxis.
Você, leitor ou leitora, já considerou a possibilidade de perder a
chance de exercer alguma tarefa libertária nesta vida devido ao risco de uma
morte prematura?
Diego Lopes, graduado em jornalismo pela Universidade Positivo, em
Curitiba, Paraná, é voluntário e docente-pesquisador do Instituto Internacional
de Projeciologia e Conscienciologia desde 2011. Mais informações pelo fone
(41)3233-5736 ou pelo site www.iipc.org
¹ Folha de São Paulo; Jovens respondem por metade das mortes no
trânsito, 18.11.11, www.folha.uol.com.br,
acessado em 25/02/2012.
²
Portal Terra; "Te
usam e te jogam fora", diz ex-jogador da NFL com dano cerebral, 25.12.11, www.esportes.terra.com.br,
acessado em 25/02/2012.
³ Folha de São Paulo; Cabeçadas em jogos de futebol são cada vez
mais graves, 25.06.10, www.folha.uol.com.br,
acessado em 25/02/2012.
Fonte: Jornal indústria e comércio publicado em 13 de agosto 2012.
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