Pedro Borges
Como
diz o ditado: “falar é prata, ouvir é ouro”. É fato que ouvir primeiro e falar
depois gera maior compreensão entre as pessoas. Quem não se sente bem ao
receber a devida atenção, levando em consideração os próprios anseios e
necessidades pelo outro? E quem nunca refletiu que, passado determinado
contexto, falou além da conta e, ainda mais, disse o que não devia?
Ouvir
bem não é tarefa fácil: é preciso atenção constante às demandas do outro. Não
basta só deixar de falar, é preciso realizar a escuta ativa, através da qual é
possível criar maior conexão e entendimento mútuo. Ao adotar momentaneamente a
perspectiva alheia, procura-se perceber quais valores são importantes para a
outra pessoa. Esta habilidade chama-se empatia: é a capacidade de se colocar no
lugar do outro de modo a compreendê-lo através de um olhar de fraternidade.
Num
mundo tão diverso, conviver com as diferenças nem sempre é fácil, e
comunicar-se com eficiência é uma qualidade essencial. Ao se colocar no lugar
do outro, aprendemos um modo distinto de enxergar a realidade. Passamos a ver
cada um de nós como uma consciência que se encontra em um processo evolutivo de
aperfeiçoamento, com suas bagagens vivenciais diversas e sua forma específica
de ver o mundo.
Para
ter empatia, é necessário abrir mão das próprias expectativas por um instante e
voltar-se inteiramente às demandas do outro. Além disso, é importante fazer uma
leitura das expressões verbais e não verbais da outra pessoa, indicando
disponibilidade ao manter uma postura corporal aberta, com braços e pernas
descruzados. A compreensão não acontece quando julgamos o outro com visões
preconcebidas, mas sim quando o ajudamos a descobrir a relação existente entre
o seu sentimento, o estímulo que o faz sentir-se assim e a necessidade
implícita daquela pessoa.
E como
vou fazer isso, se eu mesmo não me compreendo? Sem dúvida alguma, é importante
realizar um movimento de se pesquisar e conhecer melhor quais são suas
necessidades, para satisfazê-las de maneira sadia. Mas por incrível que pareça,
você não precisa ter todas elas atendidas para se dedicar aos outros. A empatia,
quando unida ao discernimento e à vontade de ajudar os outros, faz com que os
problemas que pareciam grandes adquiram solução.
Este
movimento de se colocar no lugar do outro de uma maneira assistencial e
esclarecedora é realizado pela neociência Conscienciologia, através de técnicas
e metodologia fundamentada no paradigma consciencial, objetivando o estudo da
consciência (ego, self, princípio individual) em uma abordagem integral de seus
veículos de manifestação (corpos físico, energético, emocional e mental). O pesquisador
é o próprio objeto de sua pesquisa, e através deste processo de
autoconhecimento procura otimizar sua evolução pessoal com maturidade e
assistencialidade, visando atingir a convivialidade sadia.
E
você, como convive consigo mesmo e com os demais? Consegue colocar-se no lugar
do outro de forma precisa, ou continua pensando que o mundo é só o próprio
umbigão?
Pedro Borges é
representante comercial e estudante de Psicologia, graduado em Música com
habilitação em violão, pesquisador, docente e voluntário do Instituto
Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC) em Curitiba. Participe
das palestras públicas aos sábados, das 14h30 às 16h30, informando-se pelo
telefone 3233.5736 ou pelo nosso site: www.iipc.org
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