terça-feira, 20 de novembro de 2012

Pratiquemos a empatia


Pedro Borges

            Como diz o ditado: “falar é prata, ouvir é ouro”. É fato que ouvir primeiro e falar depois gera maior compreensão entre as pessoas. Quem não se sente bem ao receber a devida atenção, levando em consideração os próprios anseios e necessidades pelo outro? E quem nunca refletiu que, passado determinado contexto, falou além da conta e, ainda mais, disse o que não devia?
            Ouvir bem não é tarefa fácil: é preciso atenção constante às demandas do outro. Não basta só deixar de falar, é preciso realizar a escuta ativa, através da qual é possível criar maior conexão e entendimento mútuo. Ao adotar momentaneamente a perspectiva alheia, procura-se perceber quais valores são importantes para a outra pessoa. Esta habilidade chama-se empatia: é a capacidade de se colocar no lugar do outro de modo a compreendê-lo através de um olhar de fraternidade.
            Num mundo tão diverso, conviver com as diferenças nem sempre é fácil, e comunicar-se com eficiência é uma qualidade essencial. Ao se colocar no lugar do outro, aprendemos um modo distinto de enxergar a realidade. Passamos a ver cada um de nós como uma consciência que se encontra em um processo evolutivo de aperfeiçoamento, com suas bagagens vivenciais diversas e sua forma específica de ver o mundo.
            Para ter empatia, é necessário abrir mão das próprias expectativas por um instante e voltar-se inteiramente às demandas do outro. Além disso, é importante fazer uma leitura das expressões verbais e não verbais da outra pessoa, indicando disponibilidade ao manter uma postura corporal aberta, com braços e pernas descruzados. A compreensão não acontece quando julgamos o outro com visões preconcebidas, mas sim quando o ajudamos a descobrir a relação existente entre o seu sentimento, o estímulo que o faz sentir-se assim e a necessidade implícita daquela pessoa.
            E como vou fazer isso, se eu mesmo não me compreendo? Sem dúvida alguma, é importante realizar um movimento de se pesquisar e conhecer melhor quais são suas necessidades, para satisfazê-las de maneira sadia. Mas por incrível que pareça, você não precisa ter todas elas atendidas para se dedicar aos outros. A empatia, quando unida ao discernimento e à vontade de ajudar os outros, faz com que os problemas que pareciam grandes adquiram solução.
            Este movimento de se colocar no lugar do outro de uma maneira assistencial e esclarecedora é realizado pela neociência Conscienciologia, através de técnicas e metodologia fundamentada no paradigma consciencial, objetivando o estudo da consciência (ego, self, princípio individual) em uma abordagem integral de seus veículos de manifestação (corpos físico, energético, emocional e mental). O pesquisador é o próprio objeto de sua pesquisa, e através deste processo de autoconhecimento procura otimizar sua evolução pessoal com maturidade e assistencialidade, visando atingir a convivialidade sadia. 
            E você, como convive consigo mesmo e com os demais? Consegue colocar-se no lugar do outro de forma precisa, ou continua pensando que o mundo é só o próprio umbigão?

            Pedro Borges é representante comercial e estudante de Psicologia, graduado em Música com habilitação em violão, pesquisador, docente e voluntário do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC) em Curitiba. Participe das palestras públicas aos sábados, das 14h30 às 16h30, informando-se pelo telefone 3233.5736 ou pelo nosso site: www.iipc.org

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