domingo, 18 de novembro de 2012

Posicionamento e assertividade


Tomas Hogan
Superar os temores exige coragem evolutiva para mudar o posicionamento íntimo
            Sentir medo na relação com outras pessoas é mais comum do que pensamos. Normalmente encontrarmos pessoas com dificuldades de se expressar por medo das críticas ou do que os outros vão pensar. 
É também bastante corriqueiro que as pessoas não se comprometam com novos compromissos e não assumam novas responsabilidades por medo de fracassar ou não atender as expectativas alheias. Essa falta de posicionamento íntimo dificulta a evolução do indivíduo que fica marcando passo enquanto o mundo avança. E o que é pior: sente receios e temores que muitas vezes não tem fundamentação concreta.
            A perda de tempo causada por inseguranças no relacionamento humano pode ser evitada identificando-se os causadores da insegurança.  É preciso coragem para mudar e abrir espaço para que a mudança ocorra. Falando em coragem, não podemos deixar de comentar sobre a vontade íntima, aquela que propulsiona toda e qualquer ação humana. A coragem pode ser definida como a vontade que sustenta a decisão tomada e que exige novos posicionamentos mentais por parte do indivíduo.
            Definir as reais prioridades íntimas é fundamental para o aumento da autoconfiança, a confiança em si. Autor de obra integrante da ciência Conscienciologia, Luciano Vicenzi aponta em seu livro Coragem para Evoluir que a falta de prioridades íntimas bem determinadas aumenta a preocupação com a opinião dos outros. Nessas condições de indefinição, as pessoas se manifestam como se estivesse numa vitrine, criando uma imagem pessoal que consideram adequada, mas que inibe sua autenticidade. Isso gera preocupação constante em não falhar e em ser admirada por todos.
            Superar esses temores é uma tarefa complexa, mas nem tão difícil quanto parece. Como regra geral, além de definir objetivos íntimos o indivíduo pode experimentar a Técnica da Exposição que consiste em  ponderar menos na hora de falar, deixando que os argumentos fluam. É um processo de desinibição. Se a orientação é ser menos exigente na autoexposição, o processo é inverso na hora de buscar a informação: ser mais crítico e não acreditar em primeira mão no que é dito na televisão ou no que contou um amigo aumenta a autoconfiança, o que permite posicionamento com mais clareza em qualquer contexto.
            Como resultado o indivíduo passa a ser mais autêntico. Deixa de se neutralizar pelo receio de que ao ser autêntico estará magoando o outro. A partir do momento em que desenvolve o seu lado assertivo, tudo flui melhor. As decisões são mais fáceis de serem tomadas, o medo de ser julgado pelos outros diminui e a ansiedade gerada pelo fato de querer agradar a todos desaparece com o tempo.
            Em definitivo, a pessoa deixa de se sentir  encurralada em seu próprio ego e tem mais segurança para investir no  processo interassistencial, pelo qual ajuda a todos os que estão ao seu redor e  a si mesmo, seja através do exemplo da própria superação, seja através da autenticidade ao falar o que muitos precisam ouvir.
            Você, leitor ou leitora, reconhece algum traço de autorrepressão social dentro de si? Já pensou em aprimorar o seu lado assertivo e se expressar com mais autenticidade?

            Tomas Hogan é engenheiro eletricista, pesquisador e voluntário do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC), instituição de educação e pesquisa científica, laica, sem fins de lucro, que objetiva estudar a consciência humana e todas as formas de sua manifestação, incluindo as bioenergias e o parapsiquismo. Mais informações pelo site www.iipc.org ou pelo fone (41)3233-5736.

Fonte: Jornal Indústria e Comércio publicado em 10 de agosto de 2012.

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